Em 2025, um novo tipo de golpe digital tem se espalhado rapidamente pelas redes sociais, visando pessoas que buscam ganhos financeiros fáceis. Utilizando a tecnologia de deepfake, criminosos estão manipulando vídeos de advogados influentes para divulgar informações falsas sobre indenizações inexistentes. Um exemplo disso é um vídeo que promete R$ 5 mil para aqueles que pagarem uma taxa, demonstrando claramente uma fraude digital. Mas como esse golpe foi criado e como ele se propaga pelas redes sociais?
Os golpistas têm se aproveitado da confiança do público em figuras influentes para dar credibilidade a suas fraudes. A manipulação de vídeos por meio de deepfake cria uma aparência de autenticidade, tornando o golpe ainda mais perigoso. Neste artigo, vamos explorar como esses golpes são estruturados e como se proteger deles.
Como funciona o golpe com deepfake e quais são suas etapas?

O golpe começa com um vídeo que parece legítimo, onde um homem, supostamente um advogado, afirma que é necessário pagar uma taxa para resgatar uma quantia de R$ 5 mil. Este vídeo é, na verdade, uma deepfake — uma tecnologia que utiliza inteligência artificial para manipular imagens e vozes. A gravação original foi adulterada, e o advogado verdadeiro, como Alessandro Mendes, nunca mencionou qualquer pagamento para resgatar valores.
Essa técnica de manipulação não é nova, mas sua sofisticação e acessibilidade aumentaram, permitindo que golpistas criem conteúdos convincentes. Além disso, a evolução das ferramentas de deepfake facilitou a criação de vídeos com uma qualidade extremamente alta, fazendo com que seja ainda mais difícil para uma pessoa comum detectar fraudes. A utilização de imagens de advogados conhecidos aumenta a credibilidade do golpe, enganando até mesmo os mais cautelosos.
Por que advogados influentes são alvos fáceis desses golpes?
Advogados influentes têm suas imagens frequentemente usadas em golpes devido à confiança que o público deposita neles. Em fevereiro, a advogada Bruna Fiorini foi vítima de um golpe semelhante. Outros advogados, como Alexandre Ferreira e Anna Carollina, também tiveram suas imagens manipuladas. A confiança do público em influenciadores digitais é explorada para dar legitimidade ao golpe, tornando-o mais convincente.
Os golpistas sabem que figuras públicas têm um grande alcance e influência, o que facilita a disseminação do golpe. A manipulação de vídeos cria uma fachada de autenticidade, enganando muitas pessoas. Ao mirar em advogados renomados, os criminosos garantem que suas mensagens fraudulentas alcancem um público maior, utilizando a reputação e a legitimidade dessas figuras para confundir as vítimas.
Como identificar sites falsos criados por golpistas?
Além da manipulação de vídeos, os golpistas criam sites falsos que imitam portais governamentais. Esses sites pedem o CPF dos usuários e os direcionam para uma reportagem falsa sobre o suposto benefício. No entanto, esses sites não possuem os indicativos de um portal oficial, como o domínio “.gov”.
Identificar essas fraudes requer atenção aos detalhes. A ausência de elementos de segurança, como certificados SSL e domínios oficiais, são sinais claros de que o site pode ser uma fraude. É importante sempre verificar links e URLs, procurando por discrepâncias óbvias, e manter atualizados softwares de segurança para ajudar a detectar ameaças cibernéticas em potencial.
Quais são as medidas para evitar cair em golpes digitais?
Com a popularização da deepfake e o aumento dos golpes online, é essencial estar atento aos sinais de fraude. Não se deixe enganar por vídeos manipulados e sempre desconfie de ofertas que pedem pagamento antecipado de qualquer taxa. A conscientização digital é fundamental para evitar cair em fraudes como essa.
Além disso, é importante verificar a autenticidade das informações e dos sites antes de fornecer qualquer dado pessoal ou financeiro. Consultar fontes confiáveis e desconfiar de promessas de dinheiro fácil são medidas essenciais para se proteger. Participar de workshops ou cursos sobre segurança digital pode aumentar significativamente a capacidade de identificar e evitar armadilhas online.
Quais são as consequências legais para quem produz deepfakes fraudulentos?

Produzir deepfakes fraudulentos pode resultar em sérias consequências legais para os envolvidos. Em muitos países, criar vídeos manipulados para enganar outras pessoas é considerado uma forma de fraude ou falsificação, e os culpados podem enfrentar pesadas multas e penas de prisão. Além disso, a utilização indevida da imagem de uma pessoa sem o seu consentimento pode resultar em ações judiciais por danos morais. Portanto, é vital que a legislação continue a evoluir para abordar os desafios apresentados pelas deepfakes na sociedade digital atual.
A regularização internacional sobre o uso de deepfakes ainda está em desenvolvimento, mas já existem esforços significativos para criar leis que punam quem utiliza essa tecnologia de forma maliciosa. Promover a consciência pública sobre as deepfakes e as suas potenciais consequências jurídicas também desempenha um papel crucial na dissuasão desse tipo de atividade fraudulenta.
Como a tecnologia pode ajudar a combater fraudes com deepfake?
A tecnologia também desempenha um papel crucial na luta contra fraudes de deepfake, desenvolvendo sistemas avançados de detecção. Algoritmos de aprendizado de máquina podem ser treinados para identificar inconsistências em dados de áudio e vídeo que são indicativas de manipulação. Empresas e instituições de pesquisa estão investindo em ferramentas que podem detectar esses meios manipulados em tempo real, proporcionando uma camada de proteção para os usuários.
Além disso, a colaboração entre empresas de tecnologia, governos e especialistas em cibersegurança é essencial para criar estruturas sólidas que detectem e neutralizem essas ameaças sofisticadas de maneira eficaz. Investimentos em inovação tecnológica continuarão a ser estratégicos para fortalecer a resiliência contra fraudes de deepfake, garantindo que a verdade e a segurança sejam priorizadas no ambiente digital.