Recentemente, um novo golpe tem chamado a atenção das autoridades e da população. Criminosos estão se aproveitando das dúvidas geradas pelas novas regras de fiscalização de transações financeiras para enganar usuários do sistema de pagamentos instantâneos, o PIX. A Receita Federal emitiu um alerta sobre uma tentativa de fraude que envolve a cobrança de taxas inexistentes sobre transações realizadas via PIX. Além disso, há relatos de golpes que utilizam chamadas telefônicas falsas para coagir as vítimas a efetuarem pagamentos fraudulentos.
Os golpistas disseminam informações falsas, alegando que houve uma mudança nas regras que resultou na criação de um tributo para movimentações acima de R$ 5 mil. A Receita Federal, no entanto, esclarece que não há qualquer novo imposto sobre o PIX e que tais cobranças são fraudulentas. É essencial que os usuários se informem pelas fontes oficiais e não confiem em mensagens alarmistas que circulam pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.
Como funciona o golpe?

Os criminosos se aproveitam das novas regras de fiscalização para criar confusão e enganar as vítimas. Eles enviam boletos falsos, alegando que o não pagamento resultará no bloqueio do CPF do destinatário. Para tornar a fraude mais convincente, utilizam o nome, as cores e os símbolos oficiais da Receita Federal. Além disso, há casos em que tentam instalar aplicativos maliciosos nos dispositivos das vítimas, prometendo proteção contra fraudes.
É importante destacar que a Receita Federal não envia cobranças ou comunicados por WhatsApp, SMS ou redes sociais. Os canais oficiais de comunicação são o Portal e-CAC e o site oficial da Receita. Ademais, qualquer dúvida pode ser esclarecida diretamente através dos canais tradicionais de atendimento da Receita, evitando assim a disseminação de golpes sofisticados.
Quais são as novas regras de fiscalização?
As novas regras da Receita Federal aumentaram o monitoramento das transações financeiras. Agora, além dos bancos tradicionais, operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento menores também devem reportar movimentações à Receita. Isso inclui transações via PIX, cartões de débito, crédito e moedas eletrônicas. Este aumento no monitoramento visa combater a lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.
Essas instituições devem enviar dados semestrais através de uma declaração chamada “e-Financeira” quando as movimentações mensais ultrapassarem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. No entanto, a Receita não tem acesso à origem ou natureza dos gastos. As informações são utilizadas apenas para identificar movimentações atípicas e eventuais irregularidades fiscais.
Como proteger-se de golpes envolvendo o PIX?
Para evitar cair em golpes, é essencial estar atento a algumas práticas de segurança:
- Desconfie de cobranças inesperadas e verifique sempre a autenticidade dos boletos recebidos. Utilize ferramentas de verificação automática de boletos disponíveis em bancos confiáveis.
- Utilize apenas os canais oficiais da Receita Federal para verificar informações sobre tributos e cobranças. O e-CAC é uma ferramenta segura para comunicação oficial e consultas referentes a pendências.
- Evite compartilhar dados pessoais ou financeiros por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens. Tenha atenção especial em mensagens de estranhos ou de origem duvidosa solicitando informações pessoais.
- Mantenha-se informado sobre as novas regras e mudanças na legislação financeira. Acompanhe notícias de fontes confiáveis para estar sempre atualizado sobre possíveis fraudes e como combatê-las.
Ao seguir essas dicas, é possível minimizar os riscos de ser vítima de fraudes financeiras e proteger suas finanças pessoais. Educação financeira e atenção constante são aliados importantes na proteção contra as ações dos golpistas.