The Last of Us da HBO conseguiu algo que muita gente achava impossível: criar uma adaptação de videogame que realmente funciona na TV. A série não só conquistou o público, como também mostrou que é possível manter a essência do material original enquanto se cria algo novo. Por trás do sucesso, existem várias curiosidades que tornam a produção ainda mais interessante.
A paixão que a equipe colocou no projeto é visível em cada detalhe. Desde os pequenos momentos de descontração nos bastidores até as decisões criativas mais complexas, tudo foi pensado para criar uma experiência autêntica. E essas histórias por trás das câmeras mostram como o trabalho em equipe fez toda a diferença no resultado final.
Como surgiu a química única entre Pedro Pascal e Bella Ramsey?
A conexão entre Pedro Pascal e Bella Ramsey vai muito além do que vemos na tela. Durante as filmagens, eles desenvolveram apelidos carinhosos um para o outro – Pedro chama Bella de “Bellie” (misturando Bella com Ellie), enquanto ela o chama de “Pedge”. Essa proximidade real ajudou muito nas cenas mais emocionais da série.
Pascal chegou a dizer que Bella é uma bênção na vida dele e que o encontro dos dois foi um “match divino”. Nos bastidores, era comum ver Pedro tirando fotos dos scripts, dormindo no set e até conversando com os cavalos das cenas. Essa naturalidade e espontaneidade criaram um ambiente de trabalho muito especial para toda a equipe.
Quais foram os desafios mais inusitados durante a produção?
Filmar The Last of Us no Canadá trouxe desafios únicos que ninguém esperava. Bella Ramsey desenvolveu uma estratégia bem particular para lidar com as cenas mais pesadas: antes das sequências mais sombrias, ela ouvia “Peanut Butter Jelly Time” repetidas vezes para aliviar a tensão. A própria Bella contou que ficava “no chão, com os olhos ardendo de lágrimas mentoladas, cantando Peanut Butter Jelllll-y”.
A equipe de produção precisou recriar locais icônicos do jogo usando cenários reais, o que exigiu muito trabalho de pesquisa e construção. As filmagens aconteceram principalmente em Edmonton e na Colúmbia Britânica, onde a equipe enfrentou condições climáticas desafiadoras. Moradores locais chegaram a filmar os bastidores de longe, mostrando como a produção chamou atenção mesmo durante as gravações.
Como a ciência real influenciou os efeitos especiais?
A HBO levou muito a sério a questão científica por trás da infecção do Cordyceps. A equipe consultou biólogos e especialistas para entender como fungos parasitas realmente funcionam na natureza. Eles descobriram que o Ophiocordyceps unilateralis existe de verdade e ataca formigas, controlando seus movimentos antes de matá-las.
Para dar ainda mais realismo às cenas, a produção usou micélios reais em algumas sequências iniciais da infecção. A equipe de efeitos especiais trabalhou junto com consultores de biologia para criar um visual que fosse ao mesmo tempo assustador e cientificamente plausível. Essa atenção aos detalhes científicos fez com que os infectados parecessem muito mais ameaçadores porque são baseados em algo real.
O que podemos esperar dos próximos capítulos da saga?
Gustavo Santaolalla, o compositor que ganhou dois Oscars, criou a trilha sonora tanto do jogo quanto da série. Para conseguir o som único que queria, ele usou técnicas bem inusitadas: gravou em banheiros e cozinhas e até usou um violão desafinado de propósito. A ideia era transmitir uma sensação de “perigo e inocência” ao mesmo tempo.
A série já confirmou que vai adaptar apenas os jogos existentes, sem inventar histórias completamente novas. Os criadores Neil Druckmann e Craig Mazin deixaram claro que não querem fazer uma produção que se arraste indefinidamente. Eles preferem contar a história completa de forma concentrada, mantendo a qualidade em cada episódio. A expectativa é que as próximas temporadas mantenham o mesmo cuidado com os detalhes que conquistou tanto os fãs do jogo quanto quem nunca tinha ouvido falar da franquia.