Em 2025, um novo tipo de golpe tem se espalhado rapidamente pelas redes sociais, atingindo principalmente aqueles que buscam ganhos financeiros fáceis. Utilizando a tecnologia de deepfake, golpistas estão manipulando vídeos de advogados influentes para disseminar informações falsas sobre indenizações inexistentes. Um exemplo claro dessa fraude digital é um vídeo que promete R$ 5 mil para aqueles que pagarem uma taxa. Esses golpes aproveitam a confiança que as pessoas têm em figuras públicas para aumentar sua eficácia e lucratividade.
O golpe começa com um vídeo aparentemente legítimo, no qual um homem, supostamente um advogado, afirma que é necessário pagar uma taxa para resgatar uma quantia de R$ 5 mil. Este vídeo, na verdade, é uma deepfake – uma tecnologia que usa inteligência artificial para manipular imagens e vozes. Ao investigar o conteúdo, descobriu-se que a gravação original era de um vídeo do advogado Alessandro Mendes, que nunca mencionou qualquer tipo de pagamento para resgatar valores. A utilização de deepfakes eleva o nível de sofisticação dos golpes digitais, tornando sua identificação um desafio cada vez maior para os usuários.
Como funciona a manipulação de deepfakes?

A técnica de deepfake permite que golpistas criem vídeos altamente convincentes, manipulando a imagem e a voz de indivíduos reais. Isso é feito através de algoritmos de inteligência artificial que analisam e replicam características faciais e vocais. As ferramentas necessárias para criar deepfakes estão cada vez mais acessíveis ao público, o que aumenta o risco de mal uso da tecnologia.
No caso dos advogados influentes, suas imagens são usadas para dar uma falsa credibilidade ao golpe, enganando assim o público que confia em suas figuras públicas. O cuidado e a técnica aplicados na criação desses falsos vídeos tornam extremamente difícil distinguir entre o que é real e o que é manipulado. Especialistas sugerem que, para mitigar esse tipo de golpe, é essencial investir em ferramentas de autenticação de vídeos e educar o público sobre os riscos associados à tecnologia.
Quais são as estratégias dos golpistas?
Além da manipulação de vídeos, os golpistas criam sites falsos que imitam portais governamentais. Esses sites pedem informações pessoais, como o CPF dos usuários, e direcionam as vítimas para reportagens falsas, como uma suposta notícia do Jornal Nacional sobre o benefício inexistente. Os golpistas também utilizam técnicas de engenharia social para instigar um senso de urgência nas vítimas, fazendo-as acreditar que precisam agir rapidamente para não perder a suposta “oportunidade”.
A ausência de indicativos oficiais, como o domínio “.gov”, é uma dica crucial para identificar a fraude. As pessoas devem ser encorajadas a realizar verificações rigorosas sempre que encontrarem uma oferta que pareça boa demais para ser verdade. Além disso, as campanhas de conscientização digital são essenciais para equipar os usuários com as ferramentas necessárias para identificar e evitar esses golpes potencialmente prejudiciais.
O que acontece ao clicar no link do golpe?
Após assistir ao vídeo manipulado e acessar o link, a vítima se depara com um chat, onde uma falsa atendente informa que há R$ 5.960,50 a ser sacado. Durante a interação, geralmente artificialmente projetada para parecer autêntica, a vítima é convencida da legitimidade da oferta através de uma combinação de apoio visual e textual que aparenta ser profissional.
No entanto, a conversa logo menciona a necessidade de pagar uma taxa para garantir o valor prometido. A solicitação de R$ 61,90 é, na verdade, uma tática para extorquir dinheiro, sem qualquer garantia de que o valor será liberado. Esses procedimentos exploram a expectativa humana e a credulidade, manipulando a vítima a ponto de não apenas oferecer seus dados pessoais, mas também realizar pagamentos múltiplos para liberar um valor inexistente.
Como se proteger de golpes digitais?
Com a popularização das deepfakes e o aumento dos golpes online, é essencial estar atento aos sinais. Não se deixe enganar por vídeos manipulados e sempre desconfie de ofertas que pedem o pagamento antecipado de qualquer taxa. É importante revisar cuidadosamente qualquer comunicação recebida e verificar sua origem antes de tomar ações potenciais de risco.
A conscientização digital é a chave para evitar cair em fraudes como essa. Verificar a autenticidade de sites e desconfiar de promessas financeiras fáceis são passos importantes para se proteger no ambiente digital. Além disso, as pessoas devem ser incentivadas a relatar sempre qualquer atividade suspeita às autoridades competentes para ajudar a traçar um caminho de defesa e responsabilização eficaz contra os perpetradores desses crimes.