É impossível não notar: como cuidamos dos nossos animais mudou muito. Hoje, mais do que nunca, cães, gatos e até outros bichinhos são tratados quase como filhos de verdade. Mas por que isso virou uma tendência tão forte? O que está por trás desse jeito de amar? Neste artigo, vamos explorar de onde surgiu essa prática, como ela impacta a cultura atual e o que especialistas pensam sobre esse fenômeno que gera tanto debate.
O que significa tratar pet como filho?
Tratar pet como filho é dar ao animal um cuidado, atenção e até um status emocional parecido com o que se tem com uma criança. É mais do que só alimentar e dar abrigo; envolve preocupação com saúde, educação, alimentação especial, mimos e até presentes.
Essa prática não surgiu do nada. Ela vem ganhando força nas últimas décadas, principalmente em países onde a urbanização e a diminuição do tamanho das famílias tornaram os animais de estimação uma companhia central no dia a dia. Nas redes sociais, vemos fotos, vídeos e memes que reforçam esse comportamento, mostrando pets em aniversários, com roupas, em carrinhos e até “falando” por meio de legendas carinhosas.
Por que essa forma de cuidar dos pets virou tão popular?
O fenômeno ganhou força por vários motivos. Socialmente, as mudanças na estrutura familiar, como o aumento de pessoas morando sozinhas ou casais sem filhos, fizeram com que os pets assumissem o papel de “filhos” afetivos. Além disso, a tecnologia facilitou a divulgação desse comportamento: influenciadores que mostram suas rotinas com os bichos, memes e desafios virais ajudam a espalhar a ideia de que cuidar do pet como um filho é algo normal e até desejável.
Emocionalmente, o apego aos pets atende a uma necessidade de afeto e companhia, principalmente em tempos marcados por distanciamento social e ansiedade. Por isso, muitas pessoas se identificam e se sentem acolhidas por essa tendência.

O que especialistas pensam sobre essa maneira de tratar os pets?
Psicólogos e sociólogos analisam o fenômeno com nuances. De um lado, reconhecem os benefícios: tratar o pet com carinho pode fortalecer laços afetivos e até melhorar a saúde mental das pessoas, trazendo mais empatia e sensação de propósito.
Por outro lado, alguns alertam para riscos de exageros, como a dificuldade em impor limites, que pode gerar problemas comportamentais nos animais e até estresse nos donos. Também há quem veja um risco na sobreposição do papel do pet com o de um filho humano, o que pode impactar relações familiares ou sociais.
Pesquisas recentes mostram que 70% dos donos consideram o pet um membro da família, mas também indicam que essa visão pode influenciar o consumo exagerado em produtos e serviços para os animais.
Como esse jeito de cuidar está mudando nosso dia a dia e cultura?
Esse fenômeno muda comportamentos e hábitos. O mercado pet cresce a passos largos, com novos produtos e serviços, desde clínicas especializadas até moda e gastronomia para bichos. A linguagem usada nas redes sociais e na publicidade também reflete essa mudança, com expressões como “meu filhote”, “minha família de quatro patas” e campanhas que humanizam os pets.
Culturalmente, isso indica uma transformação profunda na forma como a sociedade vê os animais: eles não são mais apenas companheiros, mas parte integral da família e da identidade pessoal de muitos.
Fatos interessantes que talvez você não saiba sobre essa tendência
No Brasil, estima-se que 54% dos donos consideram seus pets como filhos, segundo pesquisa recente de mercado.
Países como Japão e Estados Unidos lideram a tendência, com pet shops que parecem butiques e eventos exclusivos para animais.
Celebridades como a atriz Reese Witherspoon e o cantor Ed Sheeran publicam frequentemente fotos e histórias de seus pets como se fossem filhos, ajudando a popularizar a ideia.