Ao longo da história, muitos monarcas desenvolveram hobbies peculiares que refletiam suas personalidades únicas e, muitas vezes, excêntricas. Entre essas atividades, destacam-se as coleções inusitadas que alguns reis e rainhas mantinham, revelando aspectos curiosos de suas vidas privadas. Desde dentes arrancados até conchas marinhas, essas coleções não apenas entretinham seus proprietários, mas também intrigavam seus contemporâneos.
Essas coleções muitas vezes serviam como uma forma de demonstrar poder, riqueza ou simplesmente um interesse pessoal. Elas variavam de itens científicos a objetos de valor sentimental, mostrando a diversidade de interesses que os monarcas podiam ter. Vamos explorar algumas das coleções mais notáveis e excêntricas mantidas por figuras reais ao longo dos séculos.
Quais eram as coleções mais estranhas dos monarcas?
Um dos exemplos mais notáveis é o de Pedro, o Grande, da Rússia, que governou de 1682 a 1725. Ele tinha um interesse peculiar por odontologia amadora, embora não tivesse formação na área. Pedro adorava extrair dentes de seus súditos, muitas vezes removendo dentes saudáveis por engano. Sua coleção de dentes, junto com outros itens curiosos, como animais em conserva e partes do corpo humano, ainda pode ser vista em sua “Câmara de Curiosidades”.
Outro exemplo intrigante é o de Carlos II da Inglaterra, que mantinha múmias egípcias antigas não para estudo, mas para coletar seu “pó” e esfregá-lo em seu corpo, acreditando que isso lhe conferiria a grandeza dos faraós. Além disso, ele usava crânios humanos para preparar uma bebida alcoólica chamada “The King’s Drops” em seu laboratório pessoal.
Por que os monarcas colecionavam itens tão inusitados?
As razões por trás dessas coleções variavam. Para alguns, como George IV da Grã-Bretanha, as coleções eram uma forma de preservar memórias pessoais. Ele era conhecido por guardar mechas de cabelo de suas parceiras amorosas como lembranças. Em um gesto ainda mais excêntrico, ele guardava uma caixa de rapé com um tipo diferente de cabelo de uma de suas amantes.
Frederico Guilherme I da Prússia, por outro lado, tinha uma obsessão por homens excepcionalmente altos, formando uma unidade militar conhecida como “Os Gigantes de Potsdam”. Ele recrutava esses homens de várias nações, muitas vezes contra a vontade deles, e os exibia como troféus para dignitários estrangeiros.

Como essas coleções refletiam o poder e a personalidade dos monarcas?
Essas coleções muitas vezes serviam como uma extensão do poder e da personalidade dos monarcas. Calígula, o imperador romano, é famoso por suas extravagâncias, mas uma de suas coleções menos conhecidas era de conchas marinhas. Durante uma campanha militar, ele ordenou que suas tropas coletassem conchas na praia em vez de lutar, demonstrando sua capacidade de impor suas vontades mais triviais.
Por fim, a Rainha Maria da Inglaterra era conhecida por sua coleção de objetos valiosos, adquiridos muitas vezes por meio de pequenos furtos. Sua tendência a pegar itens de amigos e conhecidos era tão conhecida que seus servos frequentemente devolviam os objetos com uma nota alegando um “mal-entendido”.
Essas coleções excêntricas não apenas oferecem um vislumbre das vidas pessoais dos monarcas, mas também ilustram como o poder e a riqueza permitiam que eles seguissem interesses únicos e, muitas vezes, bizarros.