O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou recentemente a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro, Rio Grande do Sul. Este é o primeiro registro da doença em um sistema de avicultura comercial no Brasil, um marco significativo na história da avicultura nacional.
Embora o vírus da influenza aviária tenha circulado em regiões como Ásia, África e norte da Europa desde 2006, o Brasil conseguiu manter suas operações comerciais livres da doença até agora. A detecção no Rio Grande do Sul destaca a importância das medidas de vigilância e controle que vêm sendo implementadas ao longo dos anos.
O que é a influenza aviária e como ela afeta a avicultura?
A influenza aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, podendo causar alta mortalidade em plantéis comerciais. O vírus pode ser transmitido entre aves, mas não há risco de transmissão pelo consumo de carne de aves ou ovos, conforme assegurado pelo Mapa. O risco de infecção em humanos é considerado baixo, afetando principalmente aqueles que têm contato direto com aves infectadas.
Para a avicultura, a presença do vírus representa um desafio significativo, pois pode impactar a produção e a exportação de produtos avícolas. A resposta rápida e eficaz a surtos é crucial para minimizar danos econômicos e garantir a segurança alimentar.
Quais medidas estão sendo tomadas para controlar o surto?
O Mapa já iniciou as medidas de contenção e erradicação do foco, conforme o plano nacional de contingência. Essas ações visam não apenas eliminar a doença, mas também preservar a capacidade produtiva do setor avícola. A comunicação oficial foi feita a todas as partes interessadas, incluindo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e parceiros comerciais do Brasil.
Além disso, o Serviço Veterinário brasileiro tem sido preparado para lidar com a influenza aviária desde os anos 2000. A vigilância epidemiológica, o monitoramento de aves silvestres e o treinamento contínuo de técnicos são algumas das estratégias adotadas para prevenir a entrada e disseminação do vírus.
Como o Brasil tem prevenido a influenza aviária até agora?
O Brasil implementou diversas ações preventivas ao longo dos anos para evitar a entrada da influenza aviária em seu sistema de avicultura comercial. Entre essas medidas estão a vigilância em aves silvestres, a educação sanitária e a vigilância nos pontos de entrada de animais e produtos. Essas iniciativas foram fundamentais para adiar a chegada da doença ao país.
O treinamento de técnicos e a colaboração entre serviços veterinários oficiais e privados também desempenharam um papel crucial na manutenção da sanidade avícola no Brasil. Essas ações continuam a ser essenciais para enfrentar o novo desafio apresentado pela detecção do vírus em território nacional.
Qual é o impacto econômico e social da influenza aviária?
A influenza aviária pode ter impactos econômicos significativos, afetando a produção e exportação de produtos avícolas. O Brasil, sendo um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, precisa garantir a segurança e a qualidade de seus produtos para manter sua posição no mercado global.
Socialmente, a segurança alimentar é uma preocupação constante. As medidas de controle e erradicação visam garantir que a população continue a ter acesso a produtos avícolas seguros e de qualidade. A resposta eficaz a surtos é essencial para proteger tanto a economia quanto a saúde pública.






