No Oceanic Aquarium de Balneário Camboriú, a maternidade no reino animal é exibida de forma fascinante. Cada espécie apresenta métodos únicos de cuidado e criação de seus filhotes, revelando a complexidade e a diversidade do instinto materno na vida selvagem. Este artigo explora algumas dessas estratégias, destacando como diferentes espécies aquáticas cuidam de suas crias.
Os pinguins-de-magalhães, por exemplo, são conhecidos por seu comprometimento compartilhado na criação dos filhotes. Desde a incubação até que os jovens estejam prontos para explorar o mundo, os pais se revezam nos cuidados. A chegada de Lisa, a primeira pinguim nascida em aquário em Santa Catarina, marca um marco importante, simbolizando o sucesso dos esforços de conservação e reprodução em cativeiro. Além de garantir a continuidade da espécie, o cuidado parental ajuda na adaptação dos jovens pinguins à vida na natureza.
Como os pinguins-de-magalhães cuidam de seus filhotes?

Após um período de incubação de cerca de 40 dias, os pinguins-de-magalhães dedicam-se a alimentar e ensinar seus filhotes a nadar e a viver em comunidade. Essa dedicação é essencial para garantir que os jovens pinguins desenvolvam as habilidades necessárias para sobreviver no ambiente selvagem. O trabalho conjunto dos pais é um exemplo notável de cooperação e instinto de proteção. Quando nascem, os filhotes são cobertos por uma penugem cinzenta e são completamente dependentes dos pais para alimentação e proteção.
É durante os primeiros meses de vida que os pinguins-de-magalhães fornecem aos seus filhotes uma dieta rica em nutrientes, alimentando-os com pequenos peixes e crustáceos regurgitados. Esse cuidado constante ajuda a fortalecer os jovens e prepara-los para a independência. Eventualmente, os pinguins jovens começam a praticar seus primeiros mergulhos enquanto são supervisionados por seus pais, garantindo que estejam prontos para se aventurar sozinhos quando crescerem.
Quais são as estratégias reprodutivas de outras espécies aquáticas?
O guará-vermelho também exibe um forte instinto materno. Rubinha, nascida há dois meses, está aprendendo a se adaptar à vida no aquário, enquanto sua mãe, Rubi, desempenha um papel crucial em sua jornada de aprendizado. A convivência em família e a aprendizagem de comportamentos essenciais são partes fundamentais desse processo. Além disso, essa interação ajuda a fortalecer os laços familiares e garante que os filhotes aprendam habilidades vitais para a sobrevivência.
O tubarão-mangona, por outro lado, possui uma das estratégias reprodutivas mais intrigantes da natureza. Com uma gestação que pode durar até 12 meses, a fêmea abriga seus filhotes em dois úteros. O fenômeno do canibalismo intrauterino, onde os embriões mais desenvolvidos se alimentam dos outros ovos, resulta em filhotes que nascem já bem formados e independentes. Essa técnica assegura que somente os mais fortes sobrevivam, mas também limita o número de filhotes nascidos a cada ciclo reprodutivo.
Quais são os desafios da maternidade para os polvos?
A reprodução dos polvos é um exemplo de dedicação extrema. Após depositar centenas de ovos, a fêmea dedica-se inteiramente à proteção e oxigenação dos mesmos, muitas vezes sem se alimentar durante meses. Esse sacrifício culmina em um estado de vulnerabilidade após a eclosão dos ovos, podendo levar à morte da mãe devido à fraqueza. Durante esse período, a fêmea usa seus tentáculos para limpar e ventilar os ovos, garantindo que cada um receba oxigênio suficiente para o desenvolvimento adequado.
Por fim, os axolotes demonstram uma capacidade reprodutiva impressionante, podendo colocar até mil ovos de uma vez. A combinação de reprodução eficiente e habilidades regenerativas faz da maternidade dessa espécie um espetáculo biológico único. Os axolotes são conhecidos por sua capacidade de regenerar membros perdidos, o que lhes confere uma vantagem adicional de sobrevivência. Esses exemplos do Oceanic Aquarium ilustram a diversidade e a complexidade das estratégias reprodutivas no mundo aquático, destacando a importância do instinto materno na sobrevivência e continuidade das espécies.