A Yadea chegou de vez ao Brasil. A gigante chinesa, que é a maior fabricante de motos elétricas do mundo, começou a produzir seus veículos em Manaus. É uma jogada estratégica que promete sacudir o mercado nacional de duas rodas. Para quem ainda não conhece, a Yadea existe desde 2001 e já vendeu mais de 100 milhões de unidades pelo mundo todo.
Por que Manaus virou o escolhido?
A produção no Brasil está sendo realizada em Manaus, em parceria com a Jabil Industrial do Brasil (JBL), dentro do polo industrial da cidade. A escolha não foi por acaso. A Zona Franca de Manaus oferece incentivos fiscais que fazem toda a diferença no preço final. Além disso, produzir aqui no Brasil significa entregas mais rápidas e suporte técnico local.
Esta iniciativa marca a quarta expansão internacional da empresa, após estabelecer operações no Vietnã, Indonésia e Tailândia. O Brasil entra numa lista bem seleta de países que a Yadea considera estratégicos. A empresa não sai distribuindo fábricas por aí – cada escolha é pensada para valer a pena a longo prazo.

Quais modelos estão chegando?
A Yadea anunciou o lançamento de dois modelos no Brasil: a scooter Owin e a urbana Keeness. A Owin será vendida por R$ 13.900 e não precisa de CNH para pilotar. É só sair andando. Já a Keeness custa R$ 28.900 e tem desempenho similar ao de motos a combustão de 125cc.
A Owin chegará ao mercado no fim de junho, enquanto a Keeness tem lançamento previsto para o final de agosto. A Owin vem equipada com motor de 1.000W, autonomia de 71 km e recarga completa em cerca de cinco horas. A Keeness é mais robusta, com motor elétrico de 11 kW, aceleração de 0 a 50 km/h em 3 segundos e velocidade máxima de 100 km/h.
Qual o diferencial da marca?
Há oito anos consecutivos (desde 2017), a Yadea lidera as vendas globais de motos elétricas. Não é pouca coisa. A empresa tem mais de 40 mil pontos de venda espalhados pelo mundo e seis centros de pesquisa e desenvolvimento. São mais de 2 mil patentes registradas, o que mostra que eles levam inovação a sério.
A Yadea também apresentou no Festival Interlagos 2025 um protótipo de motocicleta elétrica autônoma. O veículo consegue se equilibrar sem condutor e executar percursos programados, transportando cargas ou passageiros. É coisa de filme de ficção científica virando realidade.
Como isso muda o jogo no Brasil?
A expectativa é que os primeiros modelos fabricados no país atendam, prioritariamente, aos segmentos urbanos e de entrega, dois dos que mais crescem em território nacional. Com o boom das entregas por aplicativo, ter uma moto elétrica confiável pode fazer toda a diferença para quem trabalha nesse ramo.
A empresa pretende expandir sua rede de varejo, com a meta de abrir 300 novos pontos de venda no país nos próximos três anos. Isso significa que você vai encontrar Yadea em bem mais lugares. A marca também promete garantia nacional de dois anos para baterias, o que dá mais segurança para quem está pensando em comprar.
A chegada da Yadea ao Brasil não é só mais uma marca entrando no mercado. É um sinal de que o futuro da mobilidade urbana está mudando de vez. Com preços competitivos, tecnologia de ponta e produção local, a Yadea pode muito bem virar referência por aqui. E para o consumidor brasileiro, isso significa mais opções, melhores preços e a chance de andar numa moto que é líder mundial no segmento.