Em 2024, o Brasil vivenciou mudanças significativas no cenário do cartão de crédito com a implementação da Lei Federal n° 14.690/23. Sancionada pelo presidente Lula, essa legislação busca oferecer maior proteção aos consumidores, limitando as taxas de juros e promovendo práticas financeiras mais justas. Antes dessa mudança, os consumidores enfrentavam taxas de juros extremamente altas, o que frequentemente resultava em um ciclo de endividamento.
A nova legislação visa equilibrar as relações entre consumidores e instituições financeiras, tornando o crédito rotativo mais acessível e menos oneroso. Essa mudança representa um avanço importante para criar um sistema financeiro mais justo e sustentável, aliviando o peso das dívidas para muitos brasileiros.
O que muda com a nova regulação dos juros cartão de crédito?

Com a nova lei, os juros do crédito rotativo passam a ter um limite claro. Agora, o valor total que um consumidor pode dever não pode exceder o dobro do montante inicial. Por exemplo, se uma pessoa deve R$ 100, o máximo que poderá ser cobrado, incluindo juros e encargos, é R$ 200.
Essa alteração busca combater as taxas exorbitantes que anteriormente ultrapassavam 400% ao ano. Com essa regulação, o crédito se torna mais acessível, reduzindo o risco de endividamento excessivo e proporcionando um alívio significativo para muitos consumidores.
Como funciona a portabilidade do saldo devedor?
Uma das novidades introduzidas pela lei é a portabilidade do saldo devedor. Desde julho de 2024, os consumidores têm a opção de transferir suas dívidas de cartão de crédito para outras instituições financeiras que ofereçam condições mais vantajosas. Este processo pode ser realizado de forma online ou presencial, e requer a apresentação de documentos básicos como RG, CPF e comprovante de residência.
A portabilidade permite que os consumidores busquem melhores condições de pagamento, com taxas de juros e prazos mais favoráveis. Caso um cliente encontre uma proposta melhor em outra instituição, o banco original deve apresentar uma contraproposta equivalente, promovendo assim a competitividade e transparência no mercado.
Impactos da nova lei nas finanças pessoais do cartão de crédito
A implementação da nova legislação traz diversos benefícios para os consumidores. Ao limitar o crescimento das dívidas, a lei oferece maior segurança financeira, especialmente para aqueles em situação econômica mais vulnerável. Além disso, a possibilidade de portabilidade do saldo devedor amplia as opções para encontrar condições de pagamento mais acessíveis.
Com um controle mais rigoroso sobre as finanças, os consumidores têm menos chances de se tornarem inadimplentes, já que não estão mais sujeitos a juros abusivos. Isso contribui para um melhor gerenciamento das dívidas e para uma saúde financeira mais estável.
Adaptação das instituições financeiras às novas regras
Com a nova legislação em vigor, o mercado de crédito brasileiro está passando por uma reestruturação. A redução das taxas de juros no crédito rotativo força as instituições financeiras a adaptarem suas estratégias de concessão de crédito para manter a competitividade.
Embora as instituições possam enfrentar desafios devido à redução das margens de lucro, elas têm a oportunidade de se reinventar, oferecendo produtos financeiros mais equilibrados. Isso pode resultar em um ambiente financeiro mais sustentável e justo no futuro.
Práticas para um uso responsável do crédito rotativo
Apesar das melhorias trazidas pela nova lei, é essencial que o crédito rotativo seja utilizado com cautela. Para evitar o endividamento, algumas práticas recomendadas incluem:
- Definir um limite de uso: Estabeleça um limite de uso do cartão de acordo com seu orçamento pessoal.
- Planejar compras: Evite compras impulsivas e planeje suas despesas para não recorrer ao crédito desnecessariamente.
- Pagar a fatura integralmente: Sempre que possível, pague a fatura do cartão de crédito por completo para evitar a incidência de juros.
- Limitar o número de cartões: Mantenha um número reduzido de cartões de crédito para facilitar o controle financeiro.
Seguindo essas orientações, é possível utilizar o crédito de forma responsável, evitando armadilhas financeiras e mantendo a saúde financeira em dia.