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Estado de Minas

Gisele Fróes volta a Belo Horizonte com o espetáculo O imortal

Monólogo é inspirado no conto homônimo de Jorge Luís Borges. A direção é dos irmãos Guimarães


26/06/2019 08:35 - atualizado 26/06/2019 12:26

(foto: Lenise de Melo/Divulgação)
(foto: Lenise de Melo/Divulgação)

Após um acidente doméstico, que a deixou sem andar por sete semanas, a atriz carioca Gisele Fróes retorna a Belo Horizonte nesta quarta (26) para reapresentar o espetáculo O imortal. A peça ficará em cartaz até o dia 8 de julho, no CCBB, na Praça da Liberdade, sempre de quarta a segunda-feira, às 18h30. “Infelizmente, tive que interromper a temporada mineira, por consequência de um tombo que levei em minha casa, quando fui trocar uma lâmpada e a escada se fechou. O resultado foi o rompimento de tendões no tornozelo e uma fratura na L2 (vértebra)”, conta a atriz.

Mas ela garante que está ansiosa e superanimada para pisar nos palcos de novo. “O acidente foi em maio e somente agora fui liberada pelo médico para colocar o pé no chão com segurança. Estou muito feliz em voltar a BH, pois tenho muito carinho por Minas Gerais, afinal, meu pai (o ator Rogério Fróes) é mineiro nascido na cidade de Santos Dumont. Sempre que venho aqui, sou muito bem recebida. E a primeira temporada estava sendo um sucesso, até ser interrompida. Acredito que continuará sendo, pois o texto é muito legal e consegue prender facilmente o espectador”, diz ela.

No palco, Gisele interpreta uma mulher que recebe de um antiquário os seis volumes da tradução inglesa da Ilíada, de Homero. “Porém, ela descobre, dentro do sexto volume, um manuscrito escondido. Trata-se do relato autobiográfico de um soldado do Império Romano, que partiu em busca da imortalidade”, explica a atriz. “Aí é que reside a essência da literatura de Jorge Luís Borges, pois não trata da imortalidade da carne, pois esta se materializa a cada vez que alguém lê seus textos”. O monólogo é baseado no conto homônimo do escritor argentino e investiga os múltiplos sentidos da (i)mortalidade.

Gisele acredita que é como se Borges se fizesse presente todas as vezes que alguém repetisse as palavras escritas na obra. “É assim que ele se torna imortal”, ressalta. A direção do espetáculo é dos dramaturgos Adriano e Fernando Guimarães, mais conhecidos no meio artístico como irmãos Guimarães. “Admiro muito o trabalho deles, sobretudo na montagem do cenário, mais voltado para as artes plásticas. Achei melhor levar a ideia do espetáculo para eles, porque acreditava que o visual do palco, unido à obra de Borges, poderia inspirar o público.”

A atriz diz que se encantou pelo texto desde a primeira vez que o leu. “Foi em 2011, e, naquela época, estava fazendo teatro, interpretando uma personagem que sofria com a dificuldade de se comunicar com as outras pessoas. Embora aquilo fosse divertido e até interessante, tinha pouca fala. A partir dali, comecei a sentir falta de ler algo rico em palavras. Assim, comecei a ler O imortal e me apaixonei logo pelo texto, além de também ficar encantada com o poder exercido pelas palavras.”

O IMORTAL
Quarta-feira (26), 18h30
Teatro II – CCBB BH, Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400
O espetáculo fica em cartaz de quarta a segunda, até o dia 8 de julho, sempre no mesmo horário
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)


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