Facebook repudia documentário da Netflix 'O dilema das redes sociais'

Para o Facebook, a trama é sensacionalista e oferece uma visão 'distorcida' sobre o assunto

Ana Mendonça* 02/10/2020 19:20
Netflix/Reprodução
Pesquisa mostrou que após o lançamento do documentário, buscas por termos como 'desativar/excluir Facebook' cresceram 250% no Google (foto: Netflix/Reprodução)
O Facebook lançou uma nota de repúdio contra o documentário da Netflix  “O dilema das redes sociais”. No filme dirigido por Jeff Orlowski, especialistas em tecnologia e profissionais da área discutem os impactos devastadores do uso exacerbado das redes sociais na vida das pessoas, na sociedade e na democracia. 

Para o Facebook, a trama é sensacionalista: “Devíamos ter conversas sobre o impacto das mídias sociais em nossas vidas. Mas ‘The Social Dilemma’ enterra a substância no sensacionalismo. Em vez de oferecer uma visão diferenciada da tecnologia, oferece uma visão distorcida de como as plataformas de mídia social funcionam para criar um bode expiatório conveniente para o que são problemas sociais complexos e difíceis”.

Ainda na nota, o Facebook afirma  que os criadores do filme "não incluem ideias daqueles que atualmente trabalham nas empresas ou de quaisquer especialistas [que] têm uma visão diferente da narrativa apresentada pelo filme."

Além disso, a empresa disse que o documentário não “reconhece - de forma crítica ou não - os esforços já realizados pelas empresas para resolver muitas das questões que levantam. Em vez disso, contam com comentários daqueles que não estiveram lá por muitos anos.”

O documentário de 93 minutos apresenta entrevistas com ex-executivos do Facebook, Twitter, Google e outras empresas. 
 

Procura por "desativar/excluir" sobe


Depois do lançamento do documentário, uma pesquisa feita pela Decode, empresa de análise e pesquisa em big data, aponta que buscas por “desativar/excluir Facebook” cresceram 250% no Google entre 9 e 29 de setembro.

Os termos “excluir Instagram“; “desativar notificações” e “desativar temporariamente” também estão sendo mais procurados pelos brasileiros, com crescimento de 100%, 110% e 120%, respectivamente.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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