Bia e Maurício inspiram casais a não pirarem na quarentena

Personagens de Renata Castro Barbosa e Leo Castro no Zorra ensinam com humor como conviver mais de 80 dias dentro de casa sem perder a cabeça

Estado de Minas 06/06/2020 04:00
João Miguel Júnior/divulgação
Renata Castro Barbosa e Leo Castro dão vida a Bia e Maurício no quadro DR %u2013 Diálogos risíveis, que passa a ser fixo no Zorra, atração de sábado na Globo (foto: João Miguel Júnior/divulgação)


Junte dois atores loucos por novidades para “sobreviver” à quarentena, um livro escrito há alguns anos inspirado nas DRs de marido e mulher, e, finalmente, um programa de... humor. As histórias de Bia (Renata Castro Barbosa) e Maurício (Leo Castro), no quadro DR – Diálogos risíveis, são a novidade no Zorra (Globo), que vai ao ar aos sábados. O público vai se divertir e, quem sabe, se identificar com situações comuns a casais trancados há mais de 80 dias em casa. Afinal, nestes tempos de isolamento, quem nunca?

Bia e Maurício serão os primeiros personagens fixos do novo Zorra. A história deles surgiu por acaso. Os atores Renata e Leo, juntos há seis meses, estavam quase “batendo a cabeça na parede” em busca de algo para fazer durante o isolamento exigido pela pandemia. Nessa procura, experimentaram algumas coisas para a rede social até que, conversando com Nelito Fernandes, um dos redatores do Zorra, chegaram ao livro que ele havia escrito e não foi publicado.

Renata conta que os textos, atualizados por ela e Leo, eram enviados para o autor reorganizá-los. “Mas era tudo muito na brincadeira”, frisa a atriz. Como a “descoberta” ocorreu no início do isolamento, Leo diz que eles nem pensaram em oferecer o projeto ao Zorra. “Quando o programa voltou ao ar, a Gabi (Gabriela Amaral, redatora da atração ao lado de Martha Mendonça e Nelito) lembrou que todas as cenas de casal cairiam para Leo e Renata. E nós já tínhamos um casal”, diverte-se a atriz.

O apartamento onde o casal mora, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi transformado em set de filmagens. Leo, que já foi dono de uma produtora de vídeo, recorreu a equipamentos profissionais guardados na casa da mãe para garantir o máximo de qualidade às imagens. No mercado on-line, eles buscaram itens de iluminação, como lâmpadas e lanternas chinesas. Quanto ao figurino, os dois abriram os armários e colocaram a criatividade à prova.

Renata e Leo dizem que morar na mesma casa não foi opção deles. “A pandemia resolveu por nós”, conta ela, que confessa ter levado um susto com a ideia. “Ele e meu filho adolescente conviviam bem. Mas morar é diferente. Decidimos jogar limpo, e o glamour aqui é zero. Viramos um 'casal com 10 anos de casado', mas com certo frescor. Somos muito parecidos. Descobrimos, surpreendentemente, que daríamos mais certo do que pensávamos.”


AUDIOVISUAL REPAGINADO

Sobre o futuro do audiovisual e do teatro pós-quarentena, Renata acredita que muita coisa vai mudar. “O audiovisual sairá ganhando de alguma forma, mas o teatro precisa de aglomeração para existir. Se antes da epidemia já estava difícil, caro para fazer, caro para assistir e não rendendo nada... Talvez seja a última das artes a voltar”, observa, torcendo para que o teatro ganhe em simplicidade. “Essa arte foi feita para as pessoas assistirem e irem até ela. Não pode custar 400”, conclui.

MAIS SOBRE SERIES-E-TV