Dalton Vigh revela detalhes de seu personagem em 'Poliana'

Intérprete de Pendleton diz que na segunda fase da novela do SBT/Alterosa será mais humano e menos sisudo

Estadão Conteúdo 17/05/2020 04:00
Lourival Ribeiro/SBT
Na novela do SBT/Alterosa, Pendleton (Dalton Vigh) é pai de Poliana (Sophia Valverde) e deve viver um romance com Luísa (Thaís Melchior) (foto: Lourival Ribeiro/SBT)

Dalton Vigh está em dose dupla no horário nobre da televisão aberta. Enquanto no SBT/Alterosa o ator interpreta Pendleton/Otto em As aventuras de Poliana, exibida às 20h50, na Globo aparece às 21h, como o Renê na reprise de Fina estampa. A trama voltou ao ar por causa da paralisação das gravações de Amor de mãe devido à pandemia de coronavírus. O artista também pode ser visto a partir das 23h na tevê fechada, no Viva, na reprise de O clone. Em isolamento social, o intérprete do pai de Poliana (Sophia Valverde) entrega o que se pode esperar da segunda fase da história infantojuvenil de Iris Abravanel, além de revisitar as memórias na pele do chef de cozinha casado com Tereza Cristina (Christiane Torloni). Na entrevista a seguir, o ator de 55 anos faz um balanço da primeira temporada de Poliana; revela que transformações Pendleton terá na segunda fase e sobre a possibilidade de romance entre o personagem e Luísa (Thaís Melchior).

João Miguel Júnior/globo
Como Said, contracena com Jade (Giovanna Antonelli) em O clone, reprise está no ar no Viva (foto: João Miguel Júnior/globo)


Qual o balanço que você faz da primeira temporada de As aventuras de Poliana'?
Foi superpositivo. Não só porque a novela foi estendida, foi além do que previa a sinopse, mas também acabou gerando essa segunda fase.

O que esperar da segunda temporada da novela de Iris Abravanel?
Acho que verão um Pendleton mais humano, mais acessível às próprias emoções e sentimentos, menos sisudo.

O que acha da torcida do público para um romance entre Pendleton e Luísa?
Acho bacana, apesar de a Luísa (Thaís Melchior) já ter um romance com o Marcelo (Murilo Cezar). É até curioso as pessoas torcerem, visto que tem uma diferença de idade significativa entre os dois. Mas vamos aguardar pra ver se isso acontece ou não (risos).

Por conta do coronavírus, as gravações foram interrompidas. O que tem feito para se proteger?
Achei corretíssimo a emissora interromper as gravações e, além de tudo, nós temos um vasto material que pode ser exibido nos próximos meses. Achei prudente, sensato e que se preocuparam com as pessoas e não com os números, com a economia, finanças. Tenho ficado em casa, saindo o mínimo possível para me proteger e também a minha família. E, claro, todo mundo, as pessoas do prédio, da vizinhança.

Além de Poliana, você pode ser visto em reprises globais e na série A divisão. Quais aprendizados tirou destas experiências?
É muito difícil fazer uma comparação ou mesmo enumerar aprendizados que surgiram em diferentes momentos de vida e entre personagens de linguagens tão distintas. Fina estampa era quase uma comédia de costumes. O clone investia no romance impossível e A divisão é um thriller policial, ou seja, cada personagem exigiu um tipo de abordagem condizente com o estilo de dramaturgia de cada produção. E acho que isso em si é o melhor exercício e aprendizado para o ator: ter a oportunidade de explorar diferentes personagens em estilos diversos.

Em Fina estampa, o Renê teve uma trajetória diferente do que havia sido inicialmente previsto. Por que o romance entre o chef de cozinha e a protagonista não deu certo?

No meu entendimento foi uma combinação de dois fatores: o desenvolvimento e a condução dos personagens na trama e o desempenho dos atores. O Guaracy (Paulo Rocha) já era apaixonado pela Griselda (Lilia Cabral) desde o primeiro capítulo e era um homem simples, honesto e batalhador, muito mais em sintonia com ela. Além disso, foi brilhantemente representado pelo Paulo Rocha. Já o Renê vinha de outra esfera e tinha outra formação. Confesso que fiquei um pouco desnorteado. Com a mudança de rumos do personagem, acho que não soube me adaptar e aproveitar melhor o material que me foi dado. De qualquer forma, acho coerente o final das personagens. A Griselda tinha mesmo é que ficar com o Guaracy.
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Em Fina estampa, Renê apaixona por Griselda (Lília Cabral), mas é casado com Tereza Cristina (Christiane Torloni) (foto: João Miguel Júnior/GLOBO)

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