'Sex education' diverte e discute o sexo na adolescência

Comédia da Netflix parte do contraponto entre Jean, terapeuta sexual totalmente liberal, e o filho Otis, jovem acanhado e virgem

por Walter Felix 18/01/2019 10:00
 Sam Taylor/divulgação
(foto: Sam Taylor/divulgação)


– Querido, notei que você anda fingindo se masturbar e queria saber se gostaria de conversar a respeito. Foi o hidratante que te denunciou. E a revista. Enfim, quero que saiba que pode falar de qualquer coisa comigo. Sem julgamentos. Este é um lugar seguro – propõe Jean.

– Não é um lugar seguro, mãe. Você precisa parar de analisar tudo o que faço – responde Otis.

– Pararei, quando você parar de criar situações performáticas que claramente quer que eu observe.

A comédia Sex education (Netflix) parte do contraponto entre Jean (Gillian Anderson), terapeuta sexual totalmente liberal, e o filho Otis (Asa Butterfield), jovem acanhado e virgem. Enquanto os colegas já iniciaram a vida amorosa e transam com certa frequência, o rapaz tem dificuldades nessa área, embora a mãe pareça ser a pessoa ideal para ajudá-lo.

Quando fica preso no banheiro com Adam (Connor Swindells), metido a garanhão do colégio, e a rebelde Maeve (Emma Mackey), Otis revela a eles o conhecimento – teórico – sobre sexo aprendido dentro de casa.

Para faturar alguma grana, Maeve propõe a Otis abrir uma clínica de terapia sexual na escola. Rapidamente, o “empreendimento” se revela um sucesso.

Criada por Laurie Nunn, a série traz boa abordagem sobre a iniciação sexual. O vazamento de fotos íntimas de uma aluna, na metade da temporada, leva à reflexão sobre empatia e homofobia. O texto inteligente, divertido e por vezes didático, aliado a discussões pra lá de atuais, fazem de Sex education um ótimo programa.

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