Nona temporada de The walking dead estreia neste domingo nos EUA e no Brasil com novidades

Saída do protagonista Andrew Lincoln e elenco formado por mulheres renovam o interesse

por Mariana Peixoto 06/10/2018 10:00
Jackson Lee Davis/AMC/Fox/Divulgação
(foto: Jackson Lee Davis/AMC/Fox/Divulgação )

Nova York – “Vai ser legal, podem acreditar na gente.” Simples assim. Essa foi a maneira como Robert Kirkman, criador de The walking dead (TWD), falou sobre a saída de Andrew Lincoln, protagonista da série inspirada nos quadrinhos que ele criou. O blockbuster sobre zumbis chega à nona temporada no domingo (7) com o episódio Um novo começo. A estreia no Brasil, simultânea com os EUA, será às 22h30, na Fox e Fox Premium.

A saída de Lincoln, que interpreta Rick Grimes desde a temporada inicial, aumentou o burburinho em torno da série. E o barulho é grande na Nova York Comic Con (NYCC). Um painel com Kirkman, na tarde de quinta-feira, primeiro dia da 12ª edição da convenção anual de cultura pop, antecipou o encontro com parte do elenco na noite deste sábado (6).

Além do criador de TWD, também estarão presentes os atores Norman Reedus (Daryl Dixon), Jeffrey Dean Morgan (Negan), Melissa McBride (Carol Peletier) e Danai Gurira (Michonne), bem como o próprio Lincoln. O evento ainda contará com Angela Kang, a nova responsável pela produção.

Lincoln deverá participar de seis dos oito episódios da primeira parte da nona temporada – a segunda rodada só irá ao ar em 2019. A reboque da saída do protagonista está a mudança de rumos, com a entrada de novos personagens. Boa parte do novo elenco é formada por mulheres. Entre elas está a britânica Samantha Morton, que viverá a vilã Alpha. Ela é a líder dos Sussurradores, grupo que veste a pele dos mortos para se disfarçar entre os zumbis. Já a alemã Nadia Hilker, conhecida pela série The 100, será Magna, líder de um grupo de sobreviventes resgatado por Jesus na região de Washington. Há quem veja semelhanças da personagem com Rick Grimes, por sua recusa em ser chamada de líder.

Robert Kirkman, que prepara para a Amazon Prime Video a adaptação de outra HQ de sua autoria, Invincible, diz estar confortável com os novos rumos de The walking dead (TWD). Sempre fazendo graça, afirma estar “totalmente de acordo” com as decisões recentes. “Hoje, fico em casa lendo quadrinhos e levando o crédito por tudo”, afirmou.

CHRIS DELMAS/AFP
ROBERT KIRKMAN - Autor de The walking dead (foto: CHRIS DELMAS/AFP)


“Ouço as vozes dos atores”

DECISÕES


“Quando se trata da série e decisões como a saída do Andrew Lincoln, felizmente muitas delas são feitas pelo coordenador de produção, que agora é a Angela Kang. Scott Gimple, que comandou TWD entre as temporadas quatro e oito, ainda está muito envolvido como diretor de conteúdo. Eles me consultam, dizem o que vão fazer a cada nova temporada, mas na maior parte do tempo, deixo os dois resolverem.”

VOZES


“A única coisa real que mudou nos quadrinhos por causa da série é que, às vezes, ouço as vozes dos atores. É um pouco chocante quando escrevo Rick e ouço Andrew Lincoln na minha cabeça.”

MORTES

“Lamento matar os personagens, porque sinto falta deles. Adoraria ter contado mais histórias com a Andrea, o Glenn e o Tyreese. É muito mais fácil matar nos quadrinhos do que no programa, porque não existe um ser humano ligado ao personagem que não possa mais sair com você.”

DIFERENÇAS

“Sei exatamente como Rick Grimes morre na história em quadrinhos. É possível que haja algumas diferenças entre a HQ e a série. Elas podem ocorrer tanto na próxima edição (da revista) quanto daqui a 10 anos. Posso mudar de ideia.”

LÁTEX

“Não, nunca pensei em aparecer em TWD. Por que quando estou assistindo a O senhor dos anéis tenho que ver a cara do Peter Jackson? Já sei que ele fez os filmes. E todas as vezes que Stan Lee aparece em um filme da Marvel, penso: Ele de novo.? Enfim, se ainda fosse aparecer como um zumbi, seria péssimo, pois teria que ficar horas numa cadeira de maquiagem. E você é coberto por látex, é quente.. Seu rosto fica como uma loja de Halloween.”

DRAMA

“Invincible vai muito bem, mas, infelizmente, está levando um pouco de tempo, por isso não anunciamos a data de lançamento. Uma série dramática de animação com 60 minutos de duração é algo diferente. Estou esperançoso de que possa haver um grande lançamento dela na Comic Con em 2019.”

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