Saúde Plena

ANGIOLOGIA

Existe colesterol bom e colesterol ruim? O que é importante saber?


O controle dos níveis de colesterol no sangue é muito importante para a manutenção da saúde vascular. Os níveis altos de colesterol levam à aterosclerose, com consequente estreitamento e entupimento (obstrução) das artérias.


Todo colesterol é ruim? O que é mito e o que é verdade?

Vou simplificar o assunto para facilitar a compreensão.

Existem basicamente dois tipos de colesterol:
- LDL ( “ Low Density Lipoprotein”);
- HDL ( “High Density Lipoprotein”).

O colesterol LDL pode ser chamado de “colesterol ruim”, pois é este o colesterol que se acumula na parede das artérias e causa a aterosclerose. O estreitamento ou obstrução das artérias poderá levar aos quadros de infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral (AVC) e amputação das pernas.

O colesterol HDL, por outro lado, remove o excesso de colesterol dos tecidos e o leva para o fígado para ser eliminado. Dessa forma, o colesterol HDL é considerado o bom colesterol e seus níveis mais altos são benéficos.


Então quais os níveis adequados de colesterol no sangue?

Existem diversas tabelas que correlacionam os níveis de colesterol ideal com a idade e a presença ou não de fatores de risco para aterosclerose. De uma forma geral, o ideal é que o nível de colesterol total esteja abaixo de 190 mg/ dL. Ter o colesterol total alto nem sempre significa que a pessoa está doente, uma vez que isso pode ocorrer pela elevação do HDL (colesterol bom). Por isso, é importante analisar os níveis de HDL e de LDL separadamente e também os níveis de triglicérides, a fim de se avaliar o real risco de se desenvolver uma doença cardiovascular.

Em linhas gerais, o ideal é ter o LDL menor que 130 mg/ dL nas pessoas com baixo risco cardiovascular e menor que 100 mg/ dL naqueles pacientes com maior risco (idade avançada, tabagistas, hipertensos, diabéticos e pacientes com histórico de infarto ou AVC prévios). Já o colesterol HDL acima de 40 mg/ dL é o ideal. Para os triglicérides, um nível abaixo de 150 mg/dL.

O tratamento da hipercolesterolemia é feito através de mudanças no estilo de vida, alterações na dieta e prática de atividades físicas. A alimentação saudável e com baixos níveis de gorduras saturadas é um fator fundamental de prevenção. Deve-se evitar o excesso de gorduras de origem animal, excesso de frituras e de alimentos embutidos (salames; salsicha). A alimentação saudável deve sempre levar em consideração a seguinte premissa: “ Mais natural e menos industrializado”. Procurar ingerir mais frutas, verduras e legumes. Reduzir a ingestão de gorduras.


Preferir leite desnatado no lugar do leite integral. Trocar a carne de boi por peixes ou peito de frango. Aumentar a ingestão de fibras (aveia; linhaça; chia). Os alimentos ricos em Ômega 3 (salmão, atum) são muito benéficos para a circulação. O ômega 3 ajuda a diminuir o colesterol ruim (LDL) e também auxilia no controle da pressão arterial, devido a sua ação vasodilatadora. Já a utilização de cápsulas de ômega 3 deve ser indicada por médico ou nutricionista, que avaliará o histórico do paciente e suas necessidades, indicando quanto, quando e como se deve tomar.

O controle do diabetes e também a abolição do tabagismo também são medidas indispensáveis. Em casos mais graves, são utilizados os medicamentos chamados de estatinas.

A consulta com médico cardiologista ou angiologista é indispensável para o correto dignóstico, acompanhamento e tratamento.
 
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