Projeto Orelhinha realiza cirurgias de orelha em abano a baixo custo e chega a BH

Iniciativa aporta na capital nesta sexta-feira para um mutirão de cadastramento e orientações sobre a correção do problema

por Joana Gontijo 23/01/2019 15:10
Projeto Orelhinha/Divulgação
(foto: Projeto Orelhinha/Divulgação )

No Brasil, a cirurgia para corrigir a orelha em abano custa em média R$ 10 mil. Já a espera pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode chegar a 6 anos. E não é uma mera questão de aparência. Passa principalmente pelo resgate da autoestima para aqueles que têm a característica - esse traço muitas vezes acaba em constrangimento, por causa de ofensas, apelidos e bullying na escola ou no trabalho. O quadro se agrava porque as pessoas que sofrem com o problema não encontram opções acessíveis para o tratamento, uma vez que, por entender que se trata de uma intervenção estética, os convênios não asseguram a cobertura, ao mesmo tempo em que o SUS não oferece estrutura para prestar assistência na proporção da demanda.

Neste contexto, uma iniciativa pioneira aporta em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, para facilitar o acesso e orientar e cadastrar interessados na correção cirúrgica de orelha em abano. O Projeto Orelhinha realiza o procedimento a baixo custo com um mutirão de apoiadores. Marcado para acontecer no auditório do Museu Inimá de Paula, com palestra às 13h e às 16h, no evento serão passadas orientações gerais sobre o tratamento corretivo de orelhas abertas. O encontro é voltado para a população de Minas Gerais, não apenas de Belo Horizonte. Por meio de cadastro online, o interessado pode garantir a participação na palestra no museu e também entrar no banco do projeto como um todo - basta acessar o site www.projetoorelhinha.com.br.

No país, já foram feitos mais de 20 mil procedimentos com valor reduzido. "Essa cirurgia não é de caráter puramente estético e sim social, pois a correção da orelha em abano tem reflexo diretamente na autoestima do paciente, que muitas vezes chega a colar as orelhas para trás, com fita adesiva ou cola. Percebemos, imediatamente após a cirurgia de otoplastia, que a vida dessas pessoas muda para melhor”, destaca o fundador do projeto, o médico Marcelo Assis. A técnica empregada de otoplastia, chamada HPO (High Performance Otoplasty) é diferenciada, pois permite a cirurgia com anestesia local e sedação, tempo de execução mais rápido, sendo menos invasiva para o paciente e com melhor recuperação para voltar às atividades diárias.

O Projeto Orelhinha nasceu durante o período de residência do médico, que observou a grande demanda pela correção de orelha em abano, ainda mais nos pacientes jovens. A partir daí, surgiu a ideia de criar um programa de ação social, com custo reduzido, para viabilizar o acesso à cirurgia de otoplastia para a solução do problema. Há oito anos, as ações são organizadas através do Instituto Sallus, com sede em Campinas (SP), que oferece a plástica em parceria com hospitais e médicos em todo o Brasil.

Serviço:
Palestra de orientações sobre otoplastia do Projeto Orelhinha
Sexta-feira, 25 de janeiro
Auditório do Museu Inimá de Paula
Rua da Bahia, 1.201, Centro, próximo ao campus de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte - MG
Para participar, acessar
www.projetoorelhinha.com.br.