Gripe e resfriado: fique atento às diferenças e evite complicações

Quando a temperatura cai, aumenta a incidência das doenças respiratórias. Conhecê-las é a melhor maneira de prevenção

por Joana Gontijo 14/07/2017 14:40
Reprodução/Internet/Depositphotos
(foto: Reprodução/Internet/Depositphotos)

Não tem escapatória. É só começar o frio que as doenças respiratórias dão sinal. O tempo maior passado dentro de espaços fechados por causa das baixas temperaturas facilita a disseminação de alguns tipos de vírus e começam a surgir queixas sobre gripes e resfriados. Mas há distinções entre esses males e é fundamental conhecê-las para prevenir e evitar complicações.

Consequência de vírus diferentes, gripe e resfriado têm, por outro lado, diversos sintomas em comum. Geralmente motivado pelo rinovírus, principal agente patológico, adenovírus, vírus sincicial respiratório, coronavirus, echovirus e paramixovirus, o resfriado começa a se manifestar dois ou três dias após a exposição aos microorganismos. O mal estar passa por coriza, espirros, tosse, dor de garganta, lacrimejamento, moleza, febre baixa e de curta duração.

Chegar a um disgnóstico diferencial com a gripe é muito importante para adotar o tratamento mais indicado. O fator etiológico da gripe é o Myxovirus influenzae, também conhecido como vírius Influenza. A transmissão, na maioria das vezes, se dá por contato direto, de pessoa para pessoa, através do espirro, por exemplo, ou indireta, por meio de superfícies ou objetos contaminados. O portador da gripe pode transmiti-la a outros indivíduos em até cerca de um metro e meio de distância.

A diferença mais significativa nos sintomas de gripe e resfriado é a gravidade. “Uma pessoa com resfriado apresenta as vias aéreas superiores obstruídas, já na gripe os sintomas podem ser mais severos, como a febre alta, dor de cabeça e fadiga”, explica Ana Paula Flora, gerente médica da Sanofi Pasteur, empresa referência global em saúde.

A maneira mais indicada para combater a gripe é a vacinação anual, que minimiza a propensão à doença e também evita complicações e hospitalizações. Quanto mais pessoas forem vacinadas, menos o vírus Influenza será propagado e mais pessoas dos grupos prioritários e de risco, que podem ser afetados com maior gravidade, estarão protegidas.

Nos Estados Unidos, pesquisadores acompanharam o nível da proteção da vacinação entre 2005 e 2011, e após os sete anos de estudo chegaram à conclusão de que as vacinas foram decisivas para a redução de 1,1 milhão de casos entre 2006 e 2007, e outros 5 milhões entre 2010 e 2011. Já avaliando a incidência de hospitalizações, 7,7 mil internações foram reduzidas entre 2009 e 2010, anos da detecção da pandemia, e 40,4 mil entre 2010 e 2011. A proteção variou entre as faixas etárias, mas o programa de vacinação propiciou benefícios substanciais à população, diminuindo casos, consultas e hospitalizações

Outras medidas de profilaxia também podem ser feitas, como higienizar bem as mãos com sabão ou usar álcool-gel, evitar usar lenços ou objetos de uma pessoa doente e utilizar uma proteção descartável ao espirrar, tossir ou falar.