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'A vida pede atitude': Sociedade de Mastologia lança campanha a favor da mamografia

A ideia desse 'Outubro Rosa' é incentivar mulheres a mudarem seus hábitos de vida em favor da saúde e contra o câncer de mama. Excesso de gordura corporal - especialmente na região abdominal - é fator de risco para a doença

Redação
60 mil mulheres receberão o diagnóstico de câncer de mama em 2016. É possível se prevenir com alimentação saudável, prática de atividade física e exames preventivos - Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
O desafio será lançado oficialmente em 1º de outubro, dia que começam as ações do ‘Outubro Rosa’ que tem o objetivo de deixar as mulheres informadas sobre a doença que é a segunda maior causa de morte de brasileiras: o câncer de mama. Em 2016, a estimativa é que 60 mil mulheres receberão o diagnóstico desse tipo de tumor. Reforçando que o diagnóstico precoce é o melhor caminho para a cura da enfermidade, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança a campanha ‘A vida pede atitude. Movimente-se: faça mamografia anualmente”.


Pesquisa recente da SBM mostra que o risco de câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres na pré e pós-menopausa que apresentam excesso de gordura corporal especialmente na região abdominal. Dessa forma, a ideia da campanha é desafiar as mulheres a mudarem seus hábitos de vida e passarem a cuidar mais da saúde, especialmente em relação à alimentação saudável, à realização de exercícios físicos regularmente e aos exames preventivos. “Queremos mostrar que todas essas atitudes são essenciais durante toda a vida para evitar não só o câncer de mama, mas outras doenças”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior.


O estudo da SBM também revela que as altas medidas da circunferência da cintura também provocam um risco aumentado para complicações metabólicas e cardiovasculares.
Para Ruffo de Freitas Junior, os médicos também podem mudar de atitude e realizar um atendimento de boa qualidade às pacientes, além de lutar por maior acesso à mamografia e pela diminuição do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento.

A Lei dos 60 dias prevê que toda paciente diagnosticada com câncer (não só o de mama) inicie o tratamento no prazo máximo de dois meses após o diagnóstico e contempla também o direito à reconstrução da mama no ato da cirurgia (saiba mais aqui: 'Olho no espelho e sinto um vazio': mulheres vítimas do câncer esperam por anos por reconstrução da mama).


A idade para começar a realização da mamografia é motivo de divergência entre médicos e o Ministério da Saúde (MS). A recomendação da SBM é de que mulheres com mais de 40 anos devem fazer a mamografia anualmente. Já o MS, não valida a inclusão de mulheres com 40 a 49 anos no rastreamento e justifica que a prática tem evidência limitada de redução da mortalidade, além do fato do balanço entre riscos e possíveis benefícios do rastreamento ser desfavorável (leia mais aqui). “Essa luta é de todos para que as mulheres possam contar com os benefícios que têm direito e não sofram tanto por conta da doença. Se todos trabalharem juntos podemos salvar cada vez mais vidas”, afirma o presidente da SBM.


Mude de atitude: siga as dicas da SBM


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