Doença da modernidade: disfunção nas articulações mandibulares cresce 2% ao ano

Causados muitas vezes por estresse e ansiedade, os casos de disfunção nas articulações mandibulares já atingem quase 40% da população

por Renata Rusky 12/12/2013 15:00

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Entre as doenças das últimas décadas, está a disfunção nas articulações temporomandibulares (DTM). Uma das suas características é a ligação ao agitado modo de vida moderno — ansiedade, estresse e tensão estão diretamente relacionados a ela e podem ser o estopim para grande incômodos, como dores, estalos na mandíbula e, em casos extremos, impossibilidade de abrir ou fechar a boca. De tão moderna que é a doença, apenas em 2002 foi criada a especialidade disfunção temporomandibular e dor orofacial pelo Conselho Federal de Odontologia.

“No Brasil, de 37% a 40% das pessoas apresentam, pelo menos, algum sinal de DTM, apesar de nem sempre se tratar do problema. E os casos aumentam cerca de 2% por ano”, afirma o ortodontista e mestre em disfunção temporomandibular Marley César Lacerda Barbosa. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dor Orofacial, entre todos os casos, 70% são em mulheres, mas os motivos dessa maior incidência ainda não estão completamente esclarecidos.

Thiago Fagundes/CB/D.A Press
Clique na imagem para ampliá-la (foto: Thiago Fagundes/CB/D.A Press)
É corriqueiro que aqueles que apresentam o problema digam que têm ATM. Na realidade, a sigla não é uma doença, ela se refere apenas às duas únicas articulações móveis na cabeça humana, localizadas pouco à frente dos ouvidos, uma em cada lado. Complexas e sustentadas por músculos e ligamentos, elas são responsáveis por mastigação, deglutição, fala e todo o movimento feito com a abertura da boca. A DTM é a disfunção nessas articulações e, portanto, afeta drasticamente a rotina de uma pessoa, tanto pelas dores que provoca quanto pela limitação de movimentos.