Exercícios em grupo ajudam a estimular e dar dinâmica às atividades físicas

As aulas coletivas são ótima opção para quem deseja estímulo, dinâmica, gasto calórico e maior proximidade do professor de educação física

por Juliana Contaifer 08/11/2013 15:00

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Popularizadas nos anos 1980 com os vídeos da atriz Jane Fonda (quem não se lembra do collant por cima da calça legging?), as modalidades em grupo que apostam em música ritmada e exercícios coreografados estão quase em extinção nas academias. “Na verdade, acredito que a diminuição das aulas coletivas é culpa da falta de professores especializados. Os professores tradicionais estão sumindo e os recém-formados preferem seguir a carreira de personal trainer. Ninguém mais quer dar aula”, afirma a professora Henia Aquino. O gerente de academia Marcelo Galvão concorda: “Os professores mais novos querem evoluir na profissão, e o segmento mais bem remunerado continua sendo o de personal.” Para se ter uma ideia, o professor particular pode ganhar até quatro vezes mais do que aquele que dá aulas coletivas.

Apesar da baixa oferta, há demanda. A aula de step, por exemplo, está fora de moda, mas as poucas turmas estão sempre cheias. As aulas de ginástica localizada também seguem concorridas — a modalidade já é conhecida e os professores bons se tornaram celebridades. “As aulas coletivas têm um apelo emocional muito grande, o aluno tem contato direto com o profissional sem ter que pagar a mais pelo personal e ainda conta com alguém para mantê-lo motivado”, afirma o professor Marco Paulo de Paoli. Para quem quer emagrecer, as modalidades em grupo ainda são as mais efetivas em termos de gasto calórico.

Janine Moraes/CB/D.A Press
A estudante Mariana Vasconcelos (em primeiro plano) investe nos encontros de step, jump e ginástica localizada: ambiente acolhedor (foto: Janine Moraes/CB/D.A Press)

A estudante Mariana Vasconcelos, 21 anos, frequenta as aulas coletivas de sua academia cinco vezes por semana há seis meses. Está sempre presente nas sessões de step, de localizada e de jump, e ainda completa os exercícios na musculação. “Mas a professora que dá aula é a mesma que acompanha a minha série. Um bom professor consegue inserir bem os alunos e faz com que a aula fique mais fácil pra gente. Acho que, quando há interação com as pessoas, a aula fica mais agradável e deixa de ser uma obrigação, eu gosto bastante.”

E não é qualquer um que pode dar aula. “O professor certo é essencial para uma boa aula, ele é 90% da alma do negócio”, afirma Marcelo Galvão. É preciso estar sempre animado e disposto, além de conhecer cada música, bem como sua batida, para decidir a velocidade com a qual os exercícios serão feitos, os pesos e até os grupamentos musculares trabalhados. A criatividade também é importante para manter a aula interessante e desafiadora até para os alunos mais assíduos. Dependendo da frequência, a ginástica localizada pode muito bem substituir a musculação. “Tem gente que sai da aula e vai direto para as máquinas exercitar o mesmo músculo. É preciso ter cuidado, o excesso pode causar lesões. O ideal é que o professor converse com o responsável pela série para evitar qualquer problema”, explica Henia Aquino.

As aulas coletivas ainda desafogam um pouco a sala de musculação. Quando a academia está cheia, sempre vai ter alguém na fila do aparelho. Isso desanima os alunos, que acham melhor ir pra casa do que ficar esperando. “Nesses momentos, faz falta a motivação do professor — é ele que vai demonstrar os resultados do exercício”, afirma Henia.

Vantagens
Acompanhamento do professor, que motiva e corrige os movimentos
Música animada e dinâmica
Não é preciso esperar a vez ou revezar os aparelhos
A amizade com os outros alunos
Compromisso com a aula: às vezes, quando se tem muita liberdade de horário, a academia acaba ficando em segundo plano


As mais procuradas
Ginástica localizada
Step
Kangoo jump