TikTok, Instagram, Facebook, Youtube, WhatsApp GB, bancos digitais… como tudo isso passou a ser uma parte tão importante da vida das pessoas?

Há 148 anos Alexandre Graham Bell patenteou uma invenção que mudaria, para sempre, a história da humanidade: o telefone. O ano era 1876 e nunca antes havia sido criado algo capaz de fazer com que duas pessoas se encontrassem tão rapidamente para uma comunicação simultânea.

Muitas mudanças relacionadas aos aparelhos telefônicos e aos sistemas de funcionamento das redes de comunicação aconteceram.

Com o tempo, deixaram de ser necessárias as intervenções dos telefonistas, que realizavam as transferências de chamadas dentro das centrais telefônicas, os aparelhos foram se tornando cada vez menores, foram ganhando botões, se tornando mais digitais e passaram a ser comuns nas casas das pessoas, evoluíram para versões sem fio e ganharam até novas funcionalidades, como as secretárias eletrônicas, as binas e os faxes, até que, em 3 de abril de 1973, quase 100 anos após o patenteamento do telefone, foi realizada a primeira chamada via aparelho celular. Mais uma vez, a história da humanidade foi modificada para sempre.

A sociedade conhecida hoje é, basicamente, uma espécie de conexão entre o corpo humano e uma máquina.

É como se os aparelhos celulares fossem uma extensão da memória, da voz, dos ouvidos e da própria inteligência humana.

Na palma da mão, estão as pessoas por quem se tem afeto, os assuntos pelos quais se tem interesse, os relacionamentos sociais, a agenda, o alarme que leva para o começo do dia, o lembrete para beber água e tantas outras coisas que fazem com que para boa parte da população, seja impossível sair da cama sem, pelo menos, visualizar a tela do celular antes.

Por falar em tela, os celulares nem sempre tiveram o layout e as funcionalidades de hoje em dia.

De 1973 a 1991, a única função que os aparelhos celulares tinham era a de realizar e atender chamadas telefônicas e curtas mensagens de textos.

Até aquele momento, não havia dependência dos aparelhos, crianças praticamente não tinham acesso ao seu uso, a comunicação através deles era considerada bastante cara e, apesar da praticidade de poder ser utilizado em quase todos os lugares, não era tão fácil encontrar “sinal” para realizar chamadas.

Em 1992, surgiu o que é chamado, hoje, de smartphone. Ainda muito precário em comparação com os aparelhos da atualidade, o Simon, da IBM, oferecia aos seus usuários uma tela de LCD touch (monocromática), uma câmera, aplicativos de mapas, acompanhamento do mercado de ações e player de música, porém suas vendas foram um verdadeiro fracasso e, em apenas 6 meses, o aparelho saiu do mercado. O motivo, talvez? Seu preço é absurdamente caro.

Na época, um Simon custava cerca de 899 dólares, equivalentes a algo em torno de R$4500, na cotação de hoje. Na época, esse valor equivalia a mais do que um salário mínimo americano (736,7$) e as formas de pagamento eram muito diferentes do que são hoje em dia. 

Não era possível comprar um aparelho em uma loja e parcelar em 24x em uma maquininha Ton, então, para a maior parte dos americanos, seria necessário juntar dinheiro por meses para poder adquirir um smartphone.

Foi em 2004, com o lançamento do primeiro Iphone, que a história dos telefones atingiu um patamar diferente. De lá para cá, já não é preciso descrever a importância que os aparelhos celulares ganharam na vida das pessoas.

A evolução continua e, agora, já é possível integrar os smartphones com diversos tipos de aparelhos, dando início à era da Internet das Coisas - um conceito criado em 1999, mas que só agora, com conexões mais estáveis como o 4G, o 5G e as redes Wi-Fi, está se tornando viável.

Em 2009, nasceu o WhatsApp que, hoje, conta com mais de 1 bilhão de usuários em todo o mundo. Sua chegada ao mercado modificou totalmente a forma que a telefonia celular passou a funcionar. Na época, as ligações custavam caro, os envios de mensagens de textos também custavam caro e colocar créditos no celular era o único jeito de mantê-lo funcional.

Quando o aplicativo começou a funcionar, foi o fim das mensagens SMS e os telefonemas foram perdendo a sua importância rapidamente. Qualquer tipo de conversa acontecia diretamente pela tela do smartphone, em tempo real, de forma segura e gratuita, o que fez com que os preços das tarifas das operadoras de celular fossem se tornando cada vez menores, a um ponto em que, hoje, a maioria delas oferece ligações ilimitadas gratuitamente para quem coloca créditos na sua linha. Se comunicar nunca foi tão fácil.

Se essa era a intenção de Graham Bell, ele, provavelmente, estaria orgulhoso por saber a relevância que sua invenção conquistou.