Educação médica continuada

por Estado de Minas 06/06/2018 06:00
Johnson & Johnson Institute/Divulgação
Johnson & Johnson Institute/Divulgação (foto: Johnson & Johnson Institute/Divulgação)

Os avanços tecnológicos na medicina vêm demandando constante capacitação dos profissionais que atuam na área. Desde 2010, a Johnson & Johnson Institute (JJI) tem um centro de educação médica continuada (JJ Medical Innovation Institute da América Latina), com treinamentos especializados em procedimentos cirúrgicos com o propósito de investir na educação dos profissionais da saúde. São mais de 250 programas em mais de 20 especialidades médicas e cirurgias, como procedimentos de cirurgia bariátrica e metabólica, câncer colorretal, osteoporose e osteoartrite, eletrofisiologia e endometriose. Mais de 30 mil profissionais receberam o treinamento e capacitação para essas atividades.


Elisabete Murata, líder de Educação para América Latina, diz que a finalidade do centro de treinamentos é para que todos os profissionais tenham acesso às novas tecnologias, aplicadas com outras abordagens nos procedimentos. “A formação avançada do profissional da área médica é muito importante desde o começo, para que eles possam já ter uma experiência por meio desses treinamentos mais avançados”, comenta.

São 28 institutos na América Latina, inclusive no Brasil, com muitas parceiras em hospitais e escolas. Os treinamentos são ministrados por médicos que já têm esse avanço tecnológico no currículo profissional e estão repassando para que todos os médicos possam colocar em prática os novos métodos. De acordo com Alexandre Sadao, ortopedista do Instituto Vita e do Hospital Israelita Albert Einstein, cerca de 30% a 40% dos médicos passam a utilizar técnicas minimamente invasivas. “Além disso, muitos deles criam interesse pela área e passam a fazer novos treinamentos e, provavelmente, após algum tempo começam a inserir esses procedimentos na sua prática médica”, complementa.

“As técnicas com menor agressão favorecem muito o paciente porque diminuem a dor, reduzem a internação e as taxas de complicações. Só que, para fazer essas cirurgias, o médico precisa de um treinamento muito mais difícil, com muito mais tempo do que tínhamos há 10 ou 20 anos”, ressalta Sadao. Os cursos que são organizados no instituto favorecem a divulgação do conhecimento, beneficiando os pacientes e diminuindo os custos de saúde de uma maneira geral.

É interessante como esses treinamentos têm mostrado resultados na melhoria e qualidade nos tratamentos e cirurgias. O cuidado fica sendo mais integral ao paciente, cada vez mais presente não só no ato cirúrgico como também no preparatório. “É possível ter um monitoramento melhor, reduzindo o tempo de espera e capacitando-o no acompanhamento do paciente até o pós-operatório”, diz Elisabete.

A JJI busca ampliar mais ainda a tecnologia avançada por meio da realidade virtual. Apesar de ainda não ser aplicada na maior parte dos centros, é uma vantagem muito grande por conseguir fazer uma simulação das cirurgias de alta complexidade, quantas vezes for possível, sem precisar de equipamentos em todos os lugares para fazer o treinamento. “Com isso, você consegue treinar todo o staff que trabalha com os médicos para novos implantes, próteses e órteses. Então, a equipe inteira consegue estar preparada antes de fazer o treinamento específico”, complementa o médico.

Os profissionais enfrentam um grande desafio em se manter atualizados nas inovações e tecnologias mais avançadas, que refletem na dificuldade de acesso à população das práticas cirúrgicas mais modernas e seguras. “Queremos contribuir para diminuir essas disparidades, mantendo nosso comprometimento com o investimento em qualidade nos atendimentos de saúde”, finaliza Murata.

 

Priscila Gomes*

 

* Estagiário sob a supervisão da editora Teresa Caram

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