Skank desfila principais hits da carreira em live no Mineirão vazio

Banda mineira estreou no universo das apresentações remotas neste sábado (30), com show que pretendia fazer para se despedir dos fãs

Guilherme Augusto 30/05/2020 20:44
Instagram/Reprodução
Skank apresentou sucessos da carreira em um Mineirão vazio na noite deste sábado (30). (foto: Instagram/Reprodução)
Três décadas se passaram desde que Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferreti iniciaram a trajetória de sucesso do Skank. Neste ano, o quarteto planejava dar uma pausa na carreira e circular o Brasil com uma turnê de despedida. No entanto, a pandemia do novo coronavírus freou os planos da banda que, impedida de encontrar os fãs pessoalmente, estreou no universo das lives na noite deste sábado (30), diretamente do gramado do Mineirão de arquibancadas vazias. 

A transmissão começou pontualmente às 20h mostrando os integrantes andando pelos corredores do Gigante da Pampulha e se preparando para entrar em jogo. Diante de uma trave, a banda iniciou a apresentação com a música Dois rios, do disco Cosmotron, de 2003. Iluminadas, as linhas do campo serviram de moldura para o nome da banda, que se encontrava no meio. 

Mantendo o clima de celebração, a banda apresentou em seguida Três lados e Saideira. Antes de iniciar Canção noturna, Samuel Rosa agradeceu aos companheiros de banda e relembrou o show que realizou ao lado deles no mesmo Mineirão, em 2010, que deu origem a um dos DVD's de maior sucesso do grupo. 

Em seguida, o Skank tocou Ainda gosto dela - lançada em parceria com a cantora Negra Li - e Amores imperfeitos

O vocalista contou que, antes de decidirem realizar a apresentação on-line juntos, os integrantes entraram ao vivo em seus respectivos Instagrams. Por lá, eles perguntaram aos fãs quais músicas deveriam tocar numa possível live do Skank. Segundo Samuel Rosa, Balada do amor inabalável e Jack tequila foram as duas mais pedidas.

Durante a live, os integrantes ainda reforçaram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo distanciamento social e uso de máscaras. ''Demoramos para fazer essa apresentação, mas finalmente estamos aqui, na nossa casa. Sem dúvida hoje, por questões sanitárias, estamos com os portões fechados, longe de vocês, mas com os corações muito próximos'', disse Samuel Rosa. 

A banda também apresentou sucessos como Te ver, Acima do sol e É uma partida de futebol. A última dedicada para ex-jogadores do Atlético Mineiro e do Cruzeiro, além dos músicos Nando Reis e Jorge Ben Jor, que apareceram na live por meio de vídeos enviados previamente. 

Após apresentar Pacato cidadão, o músico dedicou a canção de 1994 aos movimento Black Lives Matter, que ganhou as manchetes nos últimos dias por conta do assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos; bem como aos movimentos indígenas do Brasil que, segundo ele, ''são os que mais estão sofrendo com a pandemia''.

O grupo então apresentou Resposta, do disco Siderado (1998); Sutilmente, do Estandarte (2008); Tão seu, d'O Samba Paconé (1996); Vamos fugir, música de Gilberto Gil que o Skank gravou no álbum Radiola (2004); e Garota nacional, também do LP de 1996. 

Já se encaminhando para o fim, a banda reservou espaço para duas canções mais recentes: Simplesmente, lançada em parceria com Roberta Campos no início de 2020; e Algo parecido, de 2018. 

Para o encerramento, no entanto, o grupo recorreu à duas canções mais antigas: Tanto (I want you), do autointitulado álbum de estreia lançado em 1993; e Vamos fugir, do disco Radiola

Muito embora tenha competido diretamente com gigantes da live como David Guetta e Dennis Dj, os mineiros se saíram bem e conseguiram reunir, simultâneamente, mais de 320 mil pessoas - o equivalente a cinco Mineirões. Reunindo hits antigos e outros mais recentes, o show foi uma amostra, segundo Samuel Rosa, do que a banda pretendia apresentar na turnê de despedida. Ou seja, o equivalente a um mergulho na história recente da música brasileira. 

 
Confira a apresentação completa:  

 

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