Banda-tributo inglesa resgata clássicos do Fletwood Mac, ícone do rock

Show de sábado, no Palácio das Artes, reúne hits do grupo. Mick Fleetwood, baterista da formação original, é o padrinho do projeto

por Mariana Peixoto 16/08/2019 08:40
Top Cat/divulgação
(foto: Top Cat/divulgação)
O Fleetwood Mac completa, em 2019, 52 anos de história. Chegar a tal marca é algo raro na indústria fonográfica, ainda mais levando-se em consideração que a banda, ao contrário de contemporâneas de geração, experimentou uma das reviravoltas estilísticas mais radicais de seu tempo. Fundado em 1967, o Fleetwood Mac logo se tornou uma das mais importantes formações britânicas do blues, que também influenciou Led Zeppelin e Rolling Stones. Mas a partir dos anos 1970, devido a uma série de mudanças, inclusive de integrantes, a banda gradualmente evoluiu para grupo de pop/rock.

O álbum Rumours (1977) é o trabalho que consagra o Fleetwood Mac da segunda fase. Um dos maiores clássicos da história do rock, com a venda absurda de 50 milhões de cópias, o disco, em suas 11 faixas, traz uma coleção de hits: Dreams, Never going back again, Don't stop, Go your own way e The chain entre eles.

Leva o nome de Rumours of Fleetwood Mac a banda-tributo formada na Inglaterra há 20 anos. Pela primeira vez na América do Sul, o septeto se apresenta neste sábado (17), no Palácio das Artes. O show em Belo Horizonte é o último da turnê, que já passou por Santiago (Chile), Lima (Peru), São Paulo e Rio de Janeiro.

“Estamos celebrando os 50 anos do catálogo da banda (o disco de estreia, Fleetwood Mac, é de 1968). Tocamos cada música nota por nota, assim como elas estão os álbuns. Não fazemos nenhuma licença poética, buscamos o mesmo som dos instrumentos, mas sem imitar. Minha intenção sempre foi tocar as músicas que cresci ouvindo, canções que significam muito para mim”, comenta o baterista Allan Cosgrove, o “Mick Fleetwood” da banda-tributo.

PADRINHO Hoje com 72 anos, o fundador do Mac original atua como um padrinho do grupo. Antes de cada apresentação é exibido um vídeo que Mick Fleetwood gravou fazendo as vezes de introdução do espetáculo. “Doze anos atrás, ele nos convidou para ver o show. É muito bom ouvir sua banda favorita em disco, mas ao vivo a energia é muito maior. Fiquei maravilhado ao vê-lo tocar com tamanha paixão”, comenta Cosgrove.

O baterista não tinha mais de 9 anos quando descobriu o Fleetwood Mac. “Na época, ouvia a fase blues, de Albatross e Black magic woman. Mas quando eles fizeram sucesso global com Rumours, me pegaram de vez”, conta Cosgrove, que é de Liverpool. Em 1999, ele se reuniu com um grupo de amigos e apresentou em Londres, sem nenhuma pretensão, seu primeiro show com o repertório do Fleetwood Mac. “Nunca planejamos nada. Imagine que estamos agora, tantos anos depois, fazendo show ao redor do mundo”, comenta.

Em duas décadas, Rumours of Fleetwood Mac soma cerca de duas mil apresentações na Europa e nos EUA, aproximando-se de 1 milhão de espectadores. Além de todo o álbum Rumours, o show traz canções de todas as fases da banda. A abertura é com Gypsy (1982). Chama a atenção, nos registros do YouTube, a semelhança entre o tom das vozes de Jess Harwood, vocalista da banda-tributo, e Stevie Nicks, a cantora do Mac.

RUMOURS OF FLEETWOOD MAC
Sábado (17), às 21h. Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Plateia 1: 
R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia-entrada). Plateia 2: R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia). Plateia 3: R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia). Vendas 
on-line no site Ingresso Rápido.












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