Chega a BH o musical sobre a lendária boate carioca Dancin'Days

Nelson Motta, um dos sócios da casa, assina o texto em parceria com Patrícia Andrade. Espetáculo resgata a era disco e o surgimento do grupo As Frenéticas

por Augusto Guimarães Pio 12/07/2019 08:00
Leo Aversa/Divulgação
(foto: Leo Aversa/Divulgação)

A história de uma das boates mais famosas do Rio de Janeiro é contada no musical O frenético Dancin'Days, de Nelson Motta e Patrícia Andrade, dirigido pela coreógrafa e bailarina carioca Deborah Colker. Com 17 atores e sete bailarinos no palco, a peça resgata clássicos da discoteca da década de 1970, como I love the nightlife (Alicia Bridges), Y.M.C.A. (Village People) e Stayin alive (Bee Gees), entre outros, além do grupo As Frenéticas, que fez sucesso com a canção Dancin'days (“Abre suas asas/ Solte suas feras/ Caia na gandaia/ Entre nesta festa”), hit de Lulu Santos e Nelson Motta. Leiloca, Lidoka, Dhu Moraes, Sandra Pêra, Edyr e Regina, aliás, eram garçonetes da casa, passaram a cantar e estouraram na cena disco com seus colantes e saltos altíssimos.

Nelson Motta, um dos sócios da discoteca, está feliz com o espetáculo. “Devo isso a minha filha Joana, que é produtora e chegou até a conhecer o Dancin'Days quando tinha 7 anos. Ela sempre me pedia para fazer um musical sobre a boate. Dom Pepe, que era o DJ da boate, meu maior amigo, tinha morrido e pensei em fazer uma homenagem a ele no palco”, conta. Os outros sócios eram Scarlet Moon, Leonardo Netto e Djalma Limongi.

LIBERDADE Motta revela que não gostou das primeiras versões. “Achei tudo muito chato. Parecia mais um Globo repórter do Dancin'Days, boate que durou quatro meses e virou a maior lenda da noite carioca. Foi aí que chamei a Patrícia Andrade, que não viveu nada daquilo. Pudemos trabalhar com liberdade. Criamos novos personagens e alguns romances. Metade é história, metade é entretenimento, diversão e fantasia.”

A trama fala da aventura de cinco amigos, inventores de  uma boate de sucesso. “Conto também o aparecimento do grupo As Frenéticas. As cantoras que interpretam as meninas são tão boas quanto as originais”, garante Motta.

Nelson destaca o trabalho de Deborah Colker. “Ela é um nome internacional. Nunca pensou em fazer musical, pois não queria aquela coisa de Broadway, imitar coisas americanas”. A coreógrafa teve liberdade total. “O espetáculo ficou mais brasileiro, parecendo teatro de revista, escola de samba, aquelas velhas chanchadas do Oscarito e Grande Otelo”, compara o sócio da lendária Dancin'Days.

O FRENÉTICO DANCIN'DAYS
De Nelson Motta e Patrícia Andrade. Direção: Deborah Colker. Sexta (12) e sábado (13), às 21h. Sesc Palladium. Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. Inteira: R$ 130 (plateia 1), R$ 100 (plateia 2) e R$ 70 (plateia 3). Meia-entrada na forma da lei. Informações: (31) 3270-8100.
 

“Criamos novos personagens  e uns romances. Metade é história, metade é entretenimento, diversão e fantasia”
Nelson Motta, compositor e escritor

MAIS SOBRE MUSICA