Sandy fala sobre feminismo, família e fama: 'Foram anos de terapia'

Em cartaz com a turnê 'Meu canto', eterna musa teen abordou ainda temas como falta de privacidade e assédio da imprensa

por Diário de Pernambuco 17/03/2017 10:39
NPL/Divulgação
(foto: NPL/Divulgação)
Boa notícia para os fãs de Sandy: não demora muito até que a cantora desembarque em Belo Horizonte com a turnê 'Meu canto'. Registrado em DVD com participação de Gilberto Gil e Tiago Iorc, o show deste novo projeto estreia em 15 de abril na capital mineira, no Minascentro.

Aos que esperam 'em cólicas' pela chegada do novo espetáculo, uma notícia melhor ainda. De Recife, onde se apresenta hoje (17), a artista conversou com jornalistas sobre sobre o trabalho com ares autobiográficos e músicas inéditas que o público belo-horizontino vai poder conferir em breve. Prestes a se tornar 'tia' - seu irmão Júnior, afinal, anunciou na última quarta-feira (15) que vai ser papai - a eterna musa teen abordou também temas como feminismo, falta de privacidade e assédio da imprensa. 

Aproveite!

O repertório do show é autoral. Em que canções isso fica mais evidente?
Muitas letras são autobiográficas nesse trabalho. Uma delas é Escolho você, que compus com o Lucas (marido). Ela é bem reveladora de como é minha relação com ele. Mas na hora de escrever a gente sempre dá uma romanceada, claro. E a outra é Salto, uma das inéditas do DVD.

Como foi a escolha de composições de outros artistas?
All star é uma música que amo muito e tem significado especial, pois sou muito fã da Cássia Eller. Já Luciana é uma homenagem ao meu avô. Ele faleceu no ano que gravei o DVD. Ele adorava essa música e falou que ela ficaria muito bonita na minha voz. No aniversário dele de 80 anos cantei de surpresa, na festa, e foi muito especial. Anos depois, após ele falecer, resolvi registrar no DVD.

O Junior vai ser pai. Como receberam a notícia?
A gente ficou muito feliz. Eu até chorei de emoção quando soube que minha cunhadinha está grávida e meu irmão vai ser papai. Ser tia é uma nova forma de amor que vou experimentar. E meu filhinho vai ter um primo. Eles já queriam e estavam animados. É uma alegria imensa para a família toda.

O empoderamento femino é um tema bastante abordado, atualmente, por artistas mulheres. Você já pensou em compor algo nessa linha?
Apesar de ser uma luta antiga, que vem acontecendo há muito tempo, ainda está só no começo. Acho que é muito importante trazer o tempo para a música. Mas ainda está muito distante de chegar no objetivo das causas femininas e feministas. Compartilho dos mesmos ideiais dessas mulheres. Nunca fiz nada nesse sentido, nunca fui ativista. Mas pode ser algo interesante, sim. Se surgir uma vontade, algo de dentro para fora, acho que será bem-vindo.

Como avalia a participação no SuperStar? Planeja voltar à TV?
Era um convite irrecusável e que me deixou com vontade de fazer. Se aparecerem outros, vou analisar e ver se se encaixa na minha agenda. O programa foi uma experiência muito feliz e importante. Temos muita troca de conhecimento, de música, de cultura e entretenimento.

Até quando acredita que sua vida vai provocar a curiosidade das pessoas?
As pessoas têm um interesse tão grande na minha vida desde de sempre... Em certa época, pensava: 'Ah, é porque sou adolescente e estou nessa fase de namorar'. Depois que casei, dizia: 'É uma novidade. Daqui a pouco isso se assenta’. Mais aí vem novas especulações e vejo que é uma coisa que não passa muito. Mas já aprendi a lidar com isso de uma forma que não me atinja, que não mexa comigo e que incomode menos. Procuro não dar atenção para o que as pessoas falam. Foram anos de terapia para resolver isso. Sei da minha verdade. As pessoas que criam os boatos é que são as responsáveis por eles, não eu.

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