Cinco álbuns indispensáveis de Leonard Cohen

Cantor e compositor canadense, morto nesta semana aos 82 anos, se tornou mais produtivo na maturidade

por Carlos Marcelo 11/11/2016 12:59
Songs of Leonard Cohen (1967)
Estreia em altíssimo nível. A instrumentação, espartana, valoriza a poesia expressa em uma voz mais suave do que grave, mas já marcante, em especial nos três primeiros clássicos: Suzanne, So long, Marianne e Hey, that’s no way to say goodbye.

Songs of love and hate (1971)

A capa austera, em preto e branco, e o título ("Canções de amor e ódio") indicam os caminhos apaixonados e dolorosos do disco. Avalanche, Famous blue raincoat e Joan of Arc estão entre os grandes momentos do álbum que acentuou o culto ao canadense.

Various positions (1984)

Apesar dos excessos de produção típicos dos anos 1980, o disco se destaca por conter Dance me to the end of love (regravada por Madeleine Peyroux), e a música mais conhecida de Cohen: Hallelujah, hino profano que ganhou dezenas de versões, sendo especialmente marcantes as do guitarrista Jeff Buckley e do cantor Rufus Wainwright.

I’m your man (1988)

O disco que aproximou Cohen de uma nova geração e inspirou um tributo (I’m your fan) com artistas como R.E.M e Pixies. Traz o vocal em tom grave que se tornou a marca registrada do cantor nas últimas décadas, quase declamando canções marcantes como First we take Manhattan, Everybody knows, I can’t forget e a maliciosa faixa-título.

You want it darker (2016)

Lançado no mês passado, o disco mais recente do cantor contém referências a despedidas e finitudes. Em Traveling light, ele informa em francês: "It’s au revoir" ("É adeus"). E, na faixa-título, entre o sussurro e a declamação, Cohen anuncia por cima de uma batida: "I’m ready, my lord" ("Estou pronto, meu Deus"). 

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