“A escolha dos convidados sempre segue o critério de estar dentro do jazz mais clássico e tradicional. Desta vez, fizemos intercâmbios com músicos de fora. A Gunhild, a grande atração, fechará a noite de hoje. Ela vai se apresentar com um grupo formado por músicos daqui e do Rio. Ela dá um show no palco: toca vários instrumentos, canta e dança”, conta Marcelo Costa, organizador do evento e integrante da Happy Feet Jazz Band, outra atração do festival.
A Happy Feet recebe dois convidados: o trombonista Bill Allred e o saxofonista Mike Hashim, ambos dos EUA. “Os dois já tocaram com estrelas de primeira grandeza do jazz norte-americano”, elogia Costa. O grupo mineiro, que se notabilizou por interpretar clássicos de Louis Armstrong, Frank Sinatra, Nat King Cole, Bing Crosby, Ella Fitzgerald, Billie Holiday e Duke Ellington, vai se apresentar como septeto. O show será amanhã, às 19h.
O trompetista e cantor David Kerr encabeça as atrações da ala brasileira: acompanhado pelo Canastra Trio, vai homenagear dois gigantes da canção norte-americana, Cole Porter e George Gershwin, hoje, às 19h. Já o saxofonista Billy Magno, alagoano radicado em São Paulo, fará sua estreia no festival amanhã, às 17h30. “Ele é daqueles instrumentistas que todo mundo quer na banda. Conheci o Billy num evento em homenagem ao Frank Sinatra. Ele ama o nosso estilo, mais antigo”, lembra Costa
Os mineiros são responsáveis por mais da metade da programação. Além da Happy Feet Jazz Band, subirão ao palco as cantoras Sylvia Klein, Renata Vanucci e Carol Rennó, do Caffeine Trio, o violonista Juarez Moreira (com Joatan Nascimento, Jorge Helder e Kiko Freitas) e o grupo Pepe Já Tirei a Vela, especializado em jazz cigano. Esse último reúne alunos e ex-alunos de música e teatro da Universidade Federal de Minas Gerais, que se apresentam com figurinos de época.
“Começamos como um grupo de estudos de blues, em 2014. Como moramos em apartamentos e não temos onde ensaiar, tocamos nas praças. Toda quarta-feira de manhã, estamos na Praça Comendador Negrão de Lima, na Floresta. O público já está acostumado com a gente. São crianças, jovens e senhores”, conta Raíssa Uchoa, baixista da Pepe Já Tirei a Vela. O repertório, pensado para dançar, tem canções de Stephane Grappelli e Django Reinhardt, entre outros compositores.
O veterano Juarez Moreira adianta que vai tocar o repertório que o fez aprender a ser músico. São standards de Gershwin, Reinhardt, Freddie Hubbard, Charlie Parker, Tom Jobim e John Coltrane (nesse caso, um medley de Naima e Giant steps). “A gente não é jazzista, mas gosta de tocar jazz. Ouvi choro, samba-canção, MPB, Beatles, erudito e jazz. A gente bebeu em várias formas de música e o jazz é uma delas”, conclui.
MEXA-SE
Hoje e amanhã, às 15h, o festival I Love Jazz terá aulas de lindy hop, a cargo do grupo belo-horizontino BeHoppers. Gratuitas, as lições duram uma hora e todo mundo pode participar. O público vai aprender os passos básicos – recomenda-se usar calçados e roupas confortáveis. O único requisito é fazer inscrição na página www.facebook.com/lindyhopBH.
I LOVE JAZZ
Sábado
15h – Aula de lindy hop com o grupo BeHoppers
16h – Caffeine Trio
17h30 – Competição de lindy hop
19h – David Kerr e Canastra Trio
20h30 – Gunhild Carling
Domingo
15h – Aula de lindy hop com o grupo BeHoppers
16h – Banda Pepe Já Tirei a Vela
17h30 – Billy Magno Quintet
19h – Bill Allred, Mike Hashim e Happy Feet Jazz Band
20h30 – Juarez Moreira, Joatan Nascimento, Jorge Helder e Kiko Freitas
. Praça do Papa, Bairro Mangabeiras. Entrada franca. Informações: www.ilovejazz.com.br