Em clima nova-iorquino, Capital Inicial mostra seu novo projeto desplugado

Esta é a segunda vez que a banda apresenta um projeto acústico. Show acontece no Chevrolet Hall, neste sábado.

por Luiz Fernando Motta 13/05/2016 08:00
Rafael Kent/divulgação
(foto: Rafael Kent/divulgação)
Pela segunda vez em 34 anos de carreira, a banda Capital Inicial abandona as guitarras e investe em apresentações desplugadas. A primeira empreitada, em 2000, foi um sucesso. Os brasilienses venderam mais de dois milhões de cópias do disco Acústico MTV, que trouxe os hits Tudo que vai e Natasha. Tendo essa fórmula como referência, mas sem o propósito de superar o projeto anterior, Dinho Ouro Preto e companhia gravaram o CD e DVD Acústico NYC, em Nova York. A turnê chega amanhã ao Chevrolet Hall, em Belo Horizonte.

Depois de percorrer o Brasil – Juiz de Fora, na Zona da Mata, já viu o novo show –, a banda traz Acústico NYC pela primeira vez à capital mineira. O repertório tem faixas já consagradas (Mais, Quatro vezes você e Como devia estar), mas ficaram de fora hits do antigo projeto. Porém, o Capital nem sempre abre mão deles no show. O público poderá ouvir Música urbana e a clássica versão de Primeiros erros, de Kiko Zambianchi.

À formação oficial – Dinho Ouro Preto (vocal), Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (violão) – se juntaram Fabiano Carelli (violão) e Robledo Silva (teclado). Outra presença confirmada é Thiago Castanho, ex-Charlie Brown Jr., que ajudou a compor Doce e amargo, homenagem à capital paulista, cidade marcante na história do Capital.

Por sua vez, o DVD contou com a participação de Lenine, que canta Não olhe pra trás e homenageia o Legião Urbana em Tempo perdido, e de Seu Jorge, que empresta o vozeirão de barítono para À sua maneira e Vai e vem. A letra dessa última, aliás, remete ao momento conturbado da política brasileira.

Apesar de o show ganhar nova roupagem e uma dose a mais de intimismo, os fãs não precisam esperar performance menos empolgada. No DVD, é possível notar que os violões apresentam distorções e efeitos de modulação. Os arranjos são prato cheio para as características investidas de Dinho Ouro Preto. O agitado cantor nunca fica sentado, como costuma ocorrer nos projetos acústicos.

Assinados por Zé Carratu e com iluminação de Césio Lima, os cenários chamam a atenção, remetendo às ruas da região do Brooklin, que ajudaram a fazer a fama de Nova York.

CAPITAL INICIAL
Amanhã, às 22h. Chevrolet Hall. Avenida Nossa Senhora do Carmo,
230, São Pedro, (31) 3209-8989. Arquibancada/inteira: R$ 80 (1º lote), R$ 110 (2º lote) e R$ 130 (3º lote).
Mesa: R$ 640 e R$ 560.

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