Backstreet Boys descem para plateia e vestem camisa da seleção no primeiro show da turnê brasileira

Boyband norte-americana estreou neste sábado, em Olinda, a passagem do show 'In a world like this' na América do Sul

por Luiza Maia 07/06/2015 11:46

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Larissa Nunes
Show de Backstreet Boys no Chevrolet Hall (foto: Larissa Nunes)
A desproporção entre mulheres e homens na plateia era tão grande que os integrantes do Backstreet Boys não se acanhavam em introduzir as frases com "ladies", apenas. Entre gritinhos finos, coro consistente em todas as 22 músicas e celulares sempre apontados para o registro do palco, os Backstreet Boys abriram neste sábado, no Chevrolet Hall de Olinda, a turnê brasileira de 'In a world like this'. Eles seguem para o Rio de Janeiro (8 e 11), Belo Horizonte (9), São Paulo (12, 13 e 14), e Porto Alegre (15).

A noite tinha três regras, ditadas por Nick, que fez as vezes de anfitrião após as três primeiras músicas, 'The call', 'Don't want you back' e 'Incomplete'. Ele jogou a paleta da guitarra para a plateia, fez pose, gritou "Recife" (embora estivesse em Olinda), pulou, agradeceu em português, disse que os Backstreet Boys estão apaixonados pelo Brasil e enumerou as exigências. "Nós queremos que vocês fiquem loucos", "Nós queremos que vocês percam a voz" e "Nós queremos que vocês voltem aos 15 anos nesta noite".

Pacto firmado e seguido no palco e na plateia: eram todos adolescentes. Vinte anos separam os principais ícones do fenômeno das boybands e os pais de família em volta dos 40 anos que entoaram - e dançaram, como se Nick Carter, Brian Littrell, Howie Dorough, AJ McLean e Kevin Richardson ainda fossem aqueles garotos - sucessos como 'All I have to give', 'Show me the meaning of being lonely', 'I want it that way' e 'Everybody (Backstreet's back)', além das mais recentes 'Permanent stain' e 'Show 'em what you're made of'.

Apesar da idade mais avançada, descontração e muita energia tomaram conta das quase duas horas de apresentação, iniciada pontualmente às 22h. Houve troca de roupa (duas, e a última com direito a camisa da seleção brasileira de futebol), coreografias (inclusive a dos chapéus, em 'All I have to give', e a das mãozinhas, em 'Backstreet's back'), dancinhas com microfones em pedestais prateados e performances sensuais.

AJ passeou por entre as fãs. Brian disse que as brasileiras são as mulheres mais bonitas. Uma fã subiu ao palco, agarrou Howie, que retribuiu o abraço e ainda começou a pular com ela. Em meio ao clima de brincadeira, Nick jogou água em si mesmo, abaixou para enxugar com uma toalha - que depois jogou para a plateia - e desequilibrou. Kevin brincou que ele iria cair com a bunda no chão, perguntou a tradução para português e o grupo repetiu a palavra umas 15 vezes. Claro que sobrou um elogio para as brasileiras, embora não agressivo.

A proposta de ficar rouca foi seguida por grande parte das fãs presentes, como a zootecnista Marina Almeida, 29 anos. Ela estava acompanha por duas amigas que dividiram com ela os primeiros suspiros pelo quinteto, as médicas Tatiane Indrusiak e Paloma Câmara Lima, da mesma idade. "Perfeito, sensacional, Nick se superou, o tempo foi maravilhoso com eles", repetiam, ao fim da noite.

O repertório seguiu exatamente o planejado, com uma singela inserção do início de 'I want it that way' no trecho "a capela", como eles introduziram. O momento acústico, no qual eles assumiram os instrumentos, foi acompanhado de perto por 18 pessoas que desembolsaram quase R$ 2 mil para subir ao palco durante as quatro músicas. "Eles cantaram as melhores músicas antigas. E, no CD novo, apenas as mais conhecidas. Foi muito melhor que o primeiro, principalmente porque Kevin veio. Eles estavam mais animados, interagiram mais com o público", compara a assistente fiscal Salveline de Paula, 28 anos.

A estrutura do palco, formado apenas por uma escandaria de três degraus ao fundo e uma passarela no meio da plateia, ganhou ares grandiosos com a iluminação e as projeções rápidas em cores vibrantes. O espaço foi todo explorado pelo quinteto, com uma movimentação constante e dançante.

Desafiando a passagem dos anos a nova conjuntura do mercado musical, dominado por carreiras solo, em vez de bandas, e cantores com ampla extensão vocal, eles seguem firmes e arrancam suspiros das fãs, quase todas pouco mais ou menos que 30 anos, conquistadas nos tempos áureos do grupo.

Confira o repertório da turnê In a world like this:


The call
Don't want you back
Incomplete
Permanent stain
All I have to give
As long as you love me
Show 'em (What you're made of)
Show me the meaning of being lonely
Breathe
I'll never break your heart
We've got it goin' on
Drowning
10,000 promises
Madeleine
Quit playing games (With my heart)
The one
Love somebody
Shape of my heart
In a world like this
I want it that way
Bis:
Everybody (Backstreet's back)
Bis 2:
Larger than life

 

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