Banda Audergang lança segundo disco, nesta sexta-feira, no Teatro Alterosa

O trabalho traz uma mistura da influência do Clube da Esquina e dos músicos do Mississippi

por Ailton Magioli 01/05/2015 12:20

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Ed Félix/Divulgação
(foto: Ed Félix/Divulgação )
O vocalista-guitarrista Auder Jr. diz sentir-se muito à vontade para fazer blues em Minas Gerais, porque desde a década de 1970, quando foi iniciado no gênero, ele curte rock e blues, um considerado filho do outro. “A vida inteira eu escutei isso”, recorda Auder, de 46 anos, que, sendo mineiro e vivendo em Minas Gerais, naturalmente, como gosta de lembrar, acabou indo para a esquina tocar Milton Nascimento, Lô Borges e toda a turma do movimento musical que fez história no mundo.


A Audergang é formada por Osmar Souza (harmônica e voz), Marcus Marangon (baixo e voz), Marcelo Álvares (bateria e voz) e Auder Jr. (vocal, guitarra, violão, slide guitar e bandolim) e terá seu segundo disco lançado hoje à noite, no Teatro Alterosa, provando que o blues, de origem norte-americana, está cada dia mais forte em Minas Gerais. “Além de bandas, há casas noturnas e festivais que estão se abrindo ao gênero”, comemora o guitarrista, ele mesmo responsável pela criação e produção do BH Soul Blues Festival, que chega a realizar quatro edições anuais, para movimentar o circuito do blues na capital.

Em Blues for the blues, o novo trabalho da Audergang, além de recorrer à consagrada harmonia mineira em temas como On every corner (instrumental), Auder compôs em português Mineiro e blueseiro, com Marco Starling, e ainda gravou Blues da chuva, de Cláudio Souler. “Fiz o tema instrumental baseado nas lembranças que tenho do Clube da Esquina”, assume ele, admitindo que naturalmente ele compõe de forma diferente da feita no Mississippi. “Tem de encaixar na harmonia e no ritmo brasileiros”, explica Auder Jr., que, para isso, diz recorrer às escalas do blues, que vêm da escala pentatônica.

“A melodia tem de passar por essa escala, mas soa diferente do original”, ressalta o vocalista-guitarrista, salientando ser necessário descobrir, inclusive, uma forma diferente de cantar o blues em português. Longe de se considerar um exímio cantor do gênero, ele lembra que a influência maior de sua música vem de guitarristas americanos de blues, como Stevie Ray e Johnny Winter, além de cantores de blues e soul, que também gosta de ouvir.

No mais, o segundo disco da banda Audergang privilegia canções, inéditas e autorais, originalmente compostas em inglês, tais como What do you see, Ready to lose, I’m so glad, When I met Johnny Winter (homenagem declarada de Auder Jr. ao ídolo), Howdy hey! Howdy ho!, Blues for the blues, One day, Song to myself e Into the road. De pegada roqueira, Ready to lose é a aposta de Auder para tocar nas FMs.

Cenário em alta Os guitarristas Gustavo Andrade e Alexandre da Mata, além da banda Mojo, são alguns nomes do novo blues feito em Minas Gerais, que Auder Jr. destaca. Além do chamado Circuito do Rock (Jack Rock Bar, Lord Pub e Circus Bar), o vocalista-guitarrista lembra que espaços como Stonehenge e Freud Bar também estão se abrindo ao gênero musical norte-americano. Festivais estaduais como Dipana’s Blues Festival (Pará de Minas) e Ibitipoca Blues (Lima Duarte) têm contribuído para incrementar a cena mineira blueseira, enquanto em Caxias do Sul (RS), o Mississipi Delta Blues Bar dá tratamento digno ao gênero, nacionalmente, ao lado do Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras (RJ).

AUDERGANG  BLUES FOR THE BLUES
Hoje, 21h, no Teatro Alterosa, Av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta. Show de lançamento do disco da banda. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Informações: (31) 3237-6611.



CERVEJA ESPECIAL

Tendência em voga, o lançamento da cerveja Audergang Blues Session, do tipo Indian Pale Ale (IPA), paralelamente ao novo CD da banda, reforça o movimento que associa o nome de grupos musicais a bebidas especialmente desenvolvidas para a ocasião. No caso da Audergang Blues Session IPA, trata-se de iniciativa da Cervejaria Taberna do Vale, com sede no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Grande BH. Com alto drinkability, a cerveja em homenagem à banda mineira de blues tem base maltada suave, amparada pelo baixo teor alcoólico (3,9%) e intenso aroma de lúpulo. De coloração amarelo dourado, espuma densa e persistente, o conjunto da cerveja oferece alta refrescância e reflete um final de boca leve e, ao mesmo tempo, marcante.

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