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As amigas Mariah Amabilli e Joana Borges, ambas de 25 anos, estavam entre os espectadores no primeiro show da noite no local, que começou com público esparso e chegou ao fim, uma hora mais tarde, já com grande movimentação de pessoas. "Estamos adorando, o show é excelente", comentou Mariah. A dupla pretendia conferir as atrações em pelo menos outros dois pontos da cidade, ambos na Região Centro-Sul. "Daqui vamos para a Praça da Estação e depois Savassi. Vamos ficar até de manhã", ela detalhou.
Ainda durante a apresentação do Coletivo ANA, era possível perceber que o público da Praça Sete se apresentava tão eclético quanto a programação cultural. Jovens, adolescentes, crianças acompanhadas dos pais e até mesmo idosos estavam entre os espectadores do grupo de compositoras e cantoras da capital. No caminho para casa, Sueli Rufino deparou-se com a atração e, apesar de não ter planejado com antecedência, decidiu ficar por ali e acompanhar a música. "Estava voltando do trabalho e fomos atraídos pelo show", contou a vendedora, que ficou na praça acompanhada do marido e de três filhos.
Enquanto os músicos passavam pelo palco, o artista plástico Rogério Fernandes desenrolava sua própria narrativa em um painel criado na Praça Sete.
Apresentada ao público no modelo 'live painting' (pintura ao vivo, em que a obra é desenvolvida sob o olhar dos espectadores), a tela integra um projeto do Cine Theatro Brasil Vallourec, que promoverá uma performance do tipo a cada seis meses.
Sucedendo a Amostra Nua de Autoras, as três integrantes do Caffeine Trio deram sequência à representação feminina com apresentação de repertório inspirado em diversas vertentes do jazz.
No segundo show da noite na Praça Sete, Sylvia Klein, Renata Vanucci e Carô Rennó interpretaram clássicos de grandes nomes da música popular mundial, como Edith Piaf.
O jazz das mineiras foi aprovado pelo chef de cozinha Jaime Amaral, de 38 anos, e pela engenheria de alimentos Tatiana Lunes, de 31. O casal explicou à reportagem que, a exemplo de vários outros espectadores da Virada, programou um roteiro para não perder as atrações em diversos pontos da cidade. O plano da dupla era assistir assistir quatro apresentações até às 2h. "Os shows têm qualidade, são diversos e em ambiente seguro", elogiou Jaime. O fato de parte da programação acontecer em espaços culturais privados foi uma desvantagem apontada pelo casal. "Alguns shows são fechados, como no Sesc, e esse é o ponto negativo" diz o chef.