Casa das Máquinas se apresenta em BH em agosto

Grupo chegou a ficar 30 anos em hiato e voltaram a tocar juntos em 2008

por Estado de Minas 23/07/2014 09:59

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Renata Cecilio/Divulgação-16/2/13
A formação atual tem João Luiz, Mário Testoni, Marinho Tomaz, Marcelo Schevano e Fábio César (foto: Renata Cecilio/Divulgação-16/2/13)
As engrenagens continuam funcionando, e a todo vapor. E isto deve ficar comprovado quando uma das lendárias bandas do rock nacional, o Casa das Máquinas, pisar no palco do Stonehenge Rock Bar, em Belo Horizonte, no próximo dia 9. Depois de um hiato de quase 30 anos, eles voltaram a tocar juntos em 2008 e garantem que ainda têm muita lenha para queimar. É o que afirma o tecladista Mário Testoni, em entrevista ao Estado de Minas.

Segundo o músico, que já tocou com Rita Lee, Rádio Taxi, Pholhas, Caetano Veloso e Ney Matogrosso, entre outros, ainda há o que ser feito pelo grupo. “Da minha parte, o Casa das Máquinas vai até onde Deus me permitir”, diz. “Temos alguns projetos que espero poder realizar. Em 13 de junho completei 60 anos. Sou um jovem idoso. Ainda temos muito o que tocar, tanto das inéditas quanto de antigas. Aliás, no último dia 18, fizemos um show em São Paulo comemorando os 40 anos do primeiro LP, e ele foi tocado na íntegra.”

Trajetória

O Casa das Máquinas nasceu nos anos 1970, uma das décadas mais criativas da música brasileira. Naquela época, inclusive, o grupo esteve por aqui. Com a atual formação, só tocaram em Diamantina, em um festival de rock. “Será nosso primeiro show em Belo Horizonte depois da volta. Esperamos encontrar todos os fãs, pois, além de uma música nova, a apresentação é recheada de clássicos”, promete Mário Testoni, que hoje mora em Arthur Nogueira, a cerca de 150 quilômetros de São Paulo, onde dá aulas de piano.

Para Testoni, o retorno da banda se consolidou em 2010, quando eles já estavam fazendo alguns shows, com uma formação ainda não efetivada. “Já tínhamos o João Luiz no vocal e precisávamos de um baixista e um guitarrista”, conta. “Depois de um teste, o Fábio César assumiu o baixo e o Leonardo Testoni (meu filho) a guitarra.”

Um fato curioso marcou uma grande parte da história da banda. “O baterista era o Netinho, e me chamou para tocar com eles. Disse que iria, mas não poderia deixar na mão o baterista que tocava comigo em outra banda, o Marinho Tomaz. Eles, aliás, eram irmãos. Assim, fui e levei o Marinho. Foi o primeiro grupo do Brasil com dois bateristas. Deu uma química ótima. Os irmãos tocavam praticamente iguais”, resume Testoni, lembrando que Netinho decidiu se dedicar mais à sua outra banda, Os Incríveis.

O grupo pensou em encontrar outro baterista, “mas percebemos que não iria dar certo e passamos então a ter um só baterista”. Esta formação foi até 2013, quando Marcelo Schevano assumiu a guitarra no lugar de Leonardo. Marcelo inclusive esteve no Stonehenge em maio, tocando com o Patrulha do Espaço.

Para Testoni, o estilo da banda não pode ser rotulado. “O Casa das Máquinas é uma banda de rock dos anos 1970, e sendo assim não tem uma cara definida. Seria um rock progressivo hard ou um hard rock progressivo. Hoje digo que o Casa é uma banda de rock que conserva suas raízes que vieram da década de 1970, quando explorávamos melodias, harmonias, letras e arranjos bem trabalhados.” (DS)

NA AGENDA

O show da banda Casa das Máquinas será no Stonehenge Rock Bar, que fica na Rua Tupis, 1.448, no Barro Preto. Os ingressos já estão à venda e custam R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). Informações pelo telefone (31) 3271-3476 ou no site www.stonehengerockbar.com.br.

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