A música feita em Minas apresenta a morte temporária da dissonância. Explica-se: o cantor e compositor Jorge Dissonância, nascido em Sergipe, mas perfeitamente integrado ao cenário de BH, deixou de lado, temporariamente, o nome artístico tradicional e assumiu a persona Jorge Dimariê. E justifica: “Um dia um amigo de música me disse que artistas como nós estão condenados à morte. E, se é para matar, que eu mesmo faça isso.” O novo apelido artístico vem da cidade natal, Maruim, e das Marias importantes em sua vida.
Jorge separa os dois personagens. Dissonância passa a ser usado para projetos individuais. E Dimariê, para obras coletivas. É o caso do CD 'Telecoco', estrelado pelo quarteto Geleia Pop, que acaba de chegar da fábrica e começa a ser divulgado. O grupo é formado por Dimariê (voz, violão e percussão), Leonardo Clementine (baixo, pífanos, samples), Nai (guitarra) e Tininho Cândio (baixo e percussão). E conta com o quinteto vocal feminino As Coralinas para encorpar os vocais de três das 11 faixas.