Trinta músicas disputam as semifinais do Festival Nacional da Canção, em Boa Esperança

Compositores e cantores de 12 estados já começaram a desembarcar na cidade, no Sul de Minas

por Simone Lima 06/09/2013 07:58

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Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 20/10/12
Com 'Nós dois', vencedora do Fenac, o cantor e compositor mineiro Celso Adolfo se tornou conhecido no país (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 20/10/12 )
Depois de transformar o interior de Minas Gerais em vitrine multifacetada da MPB, a 43ª edição do Festival Nacional da Canção (Fenac) chega ao fim. Por seus palcos passaram 156 canções inéditas, selecionadas nas eliminatórias realizadas em Extrema, Formiga, Guapé, Pouso Alegre, Varginha e Três Pontas. A finalíssima está marcada para domingo, em Boa Esperança, no Sul do estado. Trinta músicas disputam o Troféu Lamartine Babo. Serão distribuídos R$ 200 mil em prêmios.

Compositores e cantores aguardam com ansiedade a reta final, no palco do Clube Dorense. Afinal, a chance é de ouro. Que o diga o mineiro Celso Adolfo: em 1983, ele venceu o Fenac com a romântica Nós dois, que virou sucesso nacional e marcou a trajetória de muitos casais.

Para Celso, ser classificado já é uma vitória. “Em todas as oportunidades em que cheguei à final em algum festival, pensava assim: se estou aqui, tenho de ter confiança para mostrar a minha música. Isso significa que o artista está muito perto acabar de atravessar o rio. Se perder, não tem problema. A derrota não significa o fim, é apenas parte do processo”, afirma.

Depois do sucesso de 'Nós dois', Celso Adolfo gravou os discos 'Coração brasileiro', produzido por Milton Nascimento; 'Feliz', dirigido e arranjado por Túlio Mourão; 'Anjo torto'; 'Brasil, nome de vegetal', com participações de João Bosco, Milton Nascimento, Aquarela Carioca e Roupa Nova; 'Festa do padroeiro'; 'O tempo'; 'Voz, violão e algumas dobras'; e, mais recentemente, 'Estrada Real de Villa Rica'.

Pará

Consciente de que o festival de Boa Esperança pode abrir portas, Eudes Fraga vai sair de Belém do Pará com destino a Minas para disputar as semifinais com 'Minha alma fêmea', parceria dele com Paulo César Pinheiro e Evaldo Gouvêa. “Participo do Fenac há 15 anos. É muita emoção chegar à última etapa, só por isso já me sinto privilegiado. O clima é maravilhoso, de troca cultural com pessoas de todo o Brasil”, diz Eudes.

Os bastidores do Fenac guardam muitas histórias. Uma delas envolve o paulista Biel, que concorre às semifinais com 'Fica comigo' – composta pelo tio dele, André Serra de Andrade, que morreu quando o músico tinha 10 anos. “Quis fazer essa homenagem. É uma das músicas mais bonitas que já cantei”, conta Biel, que participa do Fenac desde 2001.

A estreia dele no festival se deu com outra composição de André Serra, cujo repertório era cantarolado pela família Andrade. “O festival despertou algo em mim e comecei a escrever. Virei compositor graças a ele”, revela o paulista.

FESTIVAL NACIONAL DA CANÇÃO
De sexta-feira a domingo, às 20h30
Local: Clube Dorense, Rua Presidente Getúlio Vargas, 737, Boa Esperança

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