Geraldo Azevedo apresenta em BH show de voz e violão em versão sofisticada

Artista revisita vasto repertório com ajustes constantes na execução

por Ailton Magioli 04/07/2013 00:13

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Márcia Moreira/Divulgação
O cantor pernambucano Geraldo Azevedo diz que se inspirou no mestre baiano Dorival Caymmi (foto: Márcia Moreira/Divulgação)
Aos 68 anos e avô de três netos, Geraldo Azevedo pode se dar ao luxo de ser considerado um clássico da MPB quando o assunto é voz e violão – formato em que interpreta seu vasto repertório. “Antes da bossa nova, já ouvia, encantado, Dorival Caymmi no disco 'Canções praieiras'”, revela o cantor, compositor e violonista pernambucano. Quinta-feira à noite, ele traz a BH outro show nesse velho estilo, a cada dia mais sofisticado.

“O fato é que me aprimorei nesse formato”, diz o artista. Além de faixas em variados discos, ele gravou dois trabalhos com voz e violão: 'Luz do solo' (1985) e 'Geraldo Azevedo – Ao vivo' (1994). Depois de João Gilberto, responsável pela internacionalmente celebrada batida da bossa nova, o pernambucano e o mineiro João Bosco são os artistas que mais levaram adiante as apresentações nesse estilo.

“Sinto-me tão confortável assim que nem costumo planejar o repertório do show”, confessa Geraldo Azevedo. A informalidade é tamanha que ele costuma cantar “o que vem na telha”, além de atender pedidos do público. “O show deixou de ser voz e violão para se tornar voz, violão e coro”, brinca o artista.

Dia branco
Um dos clássicos do repertório de Azevedo, Dia branco (“Se você vier/ pro que der e vier/ Comigo...”) estará no repertório desta noite. Composta na década de 1970, a canção ficou guardada no baú até que a amiga Amelinha a ouviu.

“Já havia lançado um disco. No show de lançamento do segundo, como de costume, mostrei a inédita 'Dia branco'. Amelinha me pediu para gravá-la”, recorda. O compositor lamenta o fim da tradição de mostrar inéditas em shows. Isso se deve à profusão de câmeras e celulares, que tudo captam para jogar na rede.

“A gravação de Amelinha, com arranjo meu, nem aconteceu tanto. Isso se deu já em meu terceiro disco, 'Inclinações musicais', que traz essa canção”, explica Geraldo Azevedo, atribuindo à gravadora o fato de 'Dia branco' permanecer no baú. Em 'Inclinações...', produção independente, Geraldinho emplacou também os sucessos 'Moça bonita', 'Caravelas', 'Coqueiros' e 'Canta, canta passarinho' – perfeitamente encaixadas no formato voz e violão.

GERALDO AZEVEDO – VOZ E VIOLÃO
Sesc Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. Quinta-feira, às 21h. 1º setor: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia-entrada). 2º setor: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia). 3º setor: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Informações: (31) 3214-5360.

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