Amor norteia novo trabalho do cantor Max Viana

Filho de Djavan explora diversas vertentes do sentimento

por Ana Clara Brant 01/12/2011 07:00
Marcos Hermes/Divulgação
(foto: Marcos Hermes/Divulgação)
O amor está norteando o novo disco do cantor e compositor carioca Max Viana, de 38 anos: Um quadro de nós dois, que também é o nome da faixa que abre o CD. O tema parece ser corriqueiro na carreira do artista, que começou na música acompanhando o pai, Djavan, e, há algum tempo, conseguiu trilhar o próprio caminho. “Mesmo sendo um assunto tão usual, ele tem formas diferentes de ser contado e cantado. O amor que não deu certo, aquele que nunca se concretizou, ou mesmo o amor fora da relação de casal, como o de um amigo, o de pai para filho, de mãe. São tantas vertentes e visões, que a fonte nunca se esgota. É um tema sempre bom e eu, particularmente, gosto muito. Além, é claro, de todo mundo se identificar”, ressalta Max.
O álbum, o terceiro da carreira, demonstra um momento de maturidade do artista em todos os quesitos: como cantor, compositor e arranjador. Para Max, o projeto abriu mais o leque de opções que os trabalhos anteriores, com a participação de pessoas que deram uma cara de ousadia ao disco, como Lula Queiroga, Arlindo Cruz, Alcione e Guilherme Arantes. “A gente já tem uma história construída, e no segundo CD, percebemos essa evolução. Acredito que à medida que o tempo vai passando, a segurança vai crescendo e, nesse sentido, tenho percebido um feedback bem legal das pessoas”, diz.
Entre as 11 canções, algumas se destacam. A parceria com o amigo Dudu Falcão (com quem mesmo quando não está gravando, está compondo) está presente na faixa-título Um quadro de nós dois, em O que é que você quer de mim, uma das preferidas do próprio Max Viana; e num dos sambas do disco: O samba que eu guardei. O outro sambinha, que conta com participação mais do que especial de Alcione, É hora de fazer verão, é dele e de Arlindo Cruz, além de Itinerário, uma das melhores faixas do álbum. “Tenho os meus momentos solo, mas gosto e tenho muito prazer de compor com outras pessoas. Uma das parcerias mais festejadas é com o Rodrigo Vicente (compositor uruguaio), que se tornou grande amigo. Gravei em espanhol uma música dele, Vidas paralelas, que está no meu disco, fiz uma participação no DVD do Rodrigo e ele fez uma versão da minha canção Sussuro, em espanhol”, conta Max. 
VERSATILIDADE Além de cantar, compor, produzir e ser o responsável por boa parte dos arranjos, Max Viana é conhecido como exímio guitarrista, tanto que deixou faculdade de economia para estudar no Guitar Institute of Technology, em Los Angeles, onde teve aulas com gente renomada como o guitarrista norte-americano Scott Henderson. No mais recente CD, o artista carioca toca também violões em todas as músicas e até teclado, em Tu e o dom. “Comecei minha turnê e, inclusive, os mineiros já conheceram um pouco deste novo trabalho porque passei por Montes Claros, Pirapora, e fiz um pocket show em BH. Mas a apresentação completa mesmo na capital será em 2012, logo depois das comemorações de fim de ano”, garante.
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