'Narcos': Quem é quem na nova série do Netflix estrelada por Wagner Moura

Primeira temporada estará disponível na íntegra a partir desta sexta-feira. Produção é do brasileiro José Padilha

por Fernanda Guerra 26/08/2015 10:50

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 Daniel Daza/Netflix
Wagner Moura (centro) como Pablo Escobar em Narcos (foto: Daniel Daza/Netflix)
Vale reforçar: 'Narcos' não é sobre Pablo Escobar. O seriado do Netflix, a primeira produção do diretor José Padilha ('Tropa de elite' 1 e 2) para o serviço de streaming e universo de televisão, fala sobre o Cartel de Medellín e o surgimento e avanço do tráfico colombiano de cocaína sobre o mundo. Mas é inevitável: a visão megalomaníaca do traficante mais rico e conhecido planeta norteia a história, baseada em fatos reais. Com dez episódios, a primeira temporada estará disponível a partir da sexta-feira no Netflix.

Estrelada por Wagner Moura (Pablo Escobar), Pedro Pascal (Javier Peña) e Boyd Holbrook (Steve Murphy), o seriado bilíngue - falado em espanhol e inglês - é narrado pelo agente Steve Murphy, que impõe um caráter documental à história não-ficcional, característica do diretor de Ônibus 174'. A produção expõe atrocidades cometidas pelos traficantes, críticas aos Estados Unidos e elementos dramáticos e de ação. Para equilibrar, personagens foram mais humanizados a partir de diálogos e posturas cômicas.

Para contar a história do cartel, é inevitável ignorar personagens paralelos, que abastecem a trama central. Entre eles, a jornalista e amante de Escobar, Valéria Velez, interpretada por Stephanie Sigman, foi inspirada em Virgínia Vallejo, radicada em Miami e com receio de retornar para a Colômbia. Ela escreveu a autobiografia Amando a Pablo, odiando a Escobar, que será adaptada para o cinema, com Penélope Cruz e Javier Bardem.

'Narcos' aborda o envolvimento dos dois, sobretudo a influência notória exercida por ela na efêmera carreira política do traficante. Parece até surreal, mas não na Colômbia dos anos 1980: o sonho de Pablo era se tornar presidente. Não conseguiu. Chegou a se eleger como deputado pelo Partido Liberal, mas foi obrigado a desistir do objetivo e renunciar ao mandato, quando a perseguição ao império da cocaína se fortaleceu.

Escobar desafiou estado e justiça. A segunda rendição, inclusive, foi aos moldes do traficante: detido em uma prisão criada e controlada por ele. “Prefiro uma tumba na Colômbia a uma prisão nos Estados Unidos” é uma das frases repetidas pelo personagem de Wagner Moura, que justifica a guerra contra o governo colombiano e o DEA, departamento de combate ao narcotráfico norte-americano que defendia a extradição de traficantes.

Apesar de ser uma história frequentemente adaptada para a indústria do entretenimento - entre os exemplos recentes, a série 'Pablo, el patrón del mal' (exibida no +Globosat e disponível no Netflix) e o longa-metragem 'Escobar: paraíso perdido', com Benicio del Toro -, a produção instiga e facilmente pode ser vista em maratona. Ainda não foi confirmado oficialmente, mas Narcos deve ser estendido para uma segunda temporada. O desfecho da primeira abre espaço para isso.

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