A ex-primeira dama dos EUA Hillary Clinton oficializou a candidatura à presidência do país e revolveu o meio político com a possibilidade de uma mulher ocupar o cargo pela primeira vez. A projeção da senadora - marcada, sobretudo, pelo apoio incondicional ao marido, Bill, envolvido sexualmente com estagiária na Casa Branca - mostra as relações íntimas entre a vida privada e a política estadunidense, temperada a desafios de força às figuras femininas.

Escândalos de natureza semelhante derrubam autoridades e inspiram séries de TV, como Scandal, Veep e The Good wife (CBS) - sobre uma mãe de família obrigada a voltar ao mercado de trabalho como advogada após o marido, procurador de justiça, ser preso por se envolver com corrupção e prostitutas.

A sexta temporada do seriado produzido e estrelado por Julianna Margulies (na pele da advogada Alicia Florrick) estreia no Brasil nesta segunda-feira (às 22h, no Universal) e arma justamente uma trama delineada por decisões dentro e fora do set de gravações. Alicia e companhia juntam os cacos da saída do affair na ficção Will Gardner (Josh Charles), coprotagonista assassinado em tribunal após pedir para deixar a série.

O recomeço dela passa pela escolha de concorrer ao cargo de procuradora - ironia ética criada para submetê-la aos conflitos dos quais padeceu o marido (como a sujeição a verbas de campanha). Os limites ainda são testados na ameaça de prisão a um dos colegas da advogada e nos embates nos tribunais. A temporada reser-va a despedida de personagem crucial por divergências extra telas com Julianna.