O humorista sul-africano Trevor Noah foi o escolhido para substituir Jon Stewart como apresentador do talk show americano 'The daily show'. Mas teve muito pouco tempo para comemorar.
Poucas horas após o anúncio da escolha de Noah, feito pelo canal Comedy Central na última segunda, uma grande polêmica entre espectadores do canal e formadores de opinião, tendo Noah como pivô, começou a ganhar forma, sobretudo na internet.
O motivo da controvérsia é que as contas de Noah nas redes sociais foram vasculhadas por internautas curiosos a respeito do novo apresentador e antigas mensagens suas consideradas sexistas e antissemitas ganharam destaque.
Judeus
Tuítes antigos contendo piadas sobre judeus e mulheres voltaram à tona, pelas mãos de internautas indignados. “Quase pisei em uma criança judia na rua. Não olhou antes de atravessar e me fez sentir tão mal em meu carro alemão!”, escreveu Noah, de 31 anos, em setembro de 2009, em uma piada em alusão ao Holocausto.
“Uma mulher branca gostosa com bunda é como um unicórnio. Se você vê uma, nunca monte nela”, tuitou o humorista, filho de mãe negra e pai branco e oriundo de Soweto, área urbana a cerca de 25km de Johanesburgo.
Um dos internautas, Marshall Honorof, que se apresenta como jornalista em sua conta @marshallhonorof, disse que não iria “assistir a um 'Daily show' conduzido por um antissemita”. Outros, como o diretor de cinema e teatro sul-africano Evan Mathibe, saíram em sua defesa. “Trevor Noah é sul-africano e será o próximo grande sucesso na comédia nos Estados Unidos. Esqueçam seus tuítes do passado”, escreveu.
Em meio à crescente polêmica, o diretor da Liga Antidifamação americana, Abraham Foxman, pediu que Noah e o canal Comedy Central “façam um esforço consciente para assegurar que o 'The daily show' continue sendo divertido e irreverente, sem se dedicar a piadas intolerantes às custas dos judeus”. Ele disse esperar que “(Noah) não cruze o limite entre sátira legítima e atitude ofensiva”.
O editor do BuzzFeed Business julgou “estranho que Trevor Noah não tenha feito uma rápida limpeza de seu Twitter antes de conseguir o posto”.
O Comedy Central saiu em defesa de Noah, por meio de um comunicado em que afirma que o apresentador “é um talentoso comediante que tem um luminoso futuro” no canal.
“Assim como muitos humoristas, Trevor Noah desafia limites. Ele é provocador e não poupa ninguém, nem a ele mesmo”, diz o texto do Comedy Central. O canal afirma ainda que “julgá-lo ou a seu humor baseado numa porção de piadas é injusto”.
SUBSTITUIÇÃO
O canal divulgou em 10 de fevereiro passado que Jon Stewart, cujo verdadeiro nome é Jonathan Leibowitz, depois de 16 anos à frente da atração, não apresentaria mais o programa, que fazia críticas ásperas à política americana e foi berço de comediantes como Steve Carell, Ed Helms, Stephen Colbert e John Oliver.
A indicação de Noah contou com a bênção de Stewart, que teceu vários elogios a ele em um comunicado. Em 2012, o sul-africano Noah chegou ao mercado americano, estreando no 'The tonight show' e, um ano depois, no ultrafamoso 'Late show with David Letterman'.
Poucas horas após o anúncio da escolha de Noah, feito pelo canal Comedy Central na última segunda, uma grande polêmica entre espectadores do canal e formadores de opinião, tendo Noah como pivô, começou a ganhar forma, sobretudo na internet.
O motivo da controvérsia é que as contas de Noah nas redes sociais foram vasculhadas por internautas curiosos a respeito do novo apresentador e antigas mensagens suas consideradas sexistas e antissemitas ganharam destaque.
Judeus
Tuítes antigos contendo piadas sobre judeus e mulheres voltaram à tona, pelas mãos de internautas indignados. “Quase pisei em uma criança judia na rua. Não olhou antes de atravessar e me fez sentir tão mal em meu carro alemão!”, escreveu Noah, de 31 anos, em setembro de 2009, em uma piada em alusão ao Holocausto.
Almost bumped a Jewish kid crossing the road. He didn't look b4 crossing but I still would hav felt so bad in my german car!
— Trevor Noah (@Trevornoah) September 18, 2009
Um dos internautas, Marshall Honorof, que se apresenta como jornalista em sua conta @marshallhonorof, disse que não iria “assistir a um 'Daily show' conduzido por um antissemita”. Outros, como o diretor de cinema e teatro sul-africano Evan Mathibe, saíram em sua defesa. “Trevor Noah é sul-africano e será o próximo grande sucesso na comédia nos Estados Unidos. Esqueçam seus tuítes do passado”, escreveu.
Em meio à crescente polêmica, o diretor da Liga Antidifamação americana, Abraham Foxman, pediu que Noah e o canal Comedy Central “façam um esforço consciente para assegurar que o 'The daily show' continue sendo divertido e irreverente, sem se dedicar a piadas intolerantes às custas dos judeus”. Ele disse esperar que “(Noah) não cruze o limite entre sátira legítima e atitude ofensiva”.
O editor do BuzzFeed Business julgou “estranho que Trevor Noah não tenha feito uma rápida limpeza de seu Twitter antes de conseguir o posto”.
O Comedy Central saiu em defesa de Noah, por meio de um comunicado em que afirma que o apresentador “é um talentoso comediante que tem um luminoso futuro” no canal.
“Assim como muitos humoristas, Trevor Noah desafia limites. Ele é provocador e não poupa ninguém, nem a ele mesmo”, diz o texto do Comedy Central. O canal afirma ainda que “julgá-lo ou a seu humor baseado numa porção de piadas é injusto”.
SUBSTITUIÇÃO
O canal divulgou em 10 de fevereiro passado que Jon Stewart, cujo verdadeiro nome é Jonathan Leibowitz, depois de 16 anos à frente da atração, não apresentaria mais o programa, que fazia críticas ásperas à política americana e foi berço de comediantes como Steve Carell, Ed Helms, Stephen Colbert e John Oliver.
A indicação de Noah contou com a bênção de Stewart, que teceu vários elogios a ele em um comunicado. Em 2012, o sul-africano Noah chegou ao mercado americano, estreando no 'The tonight show' e, um ano depois, no ultrafamoso 'Late show with David Letterman'.