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VAI TER QUE FICAR QUIETO! 

Chamada de garota de programa, Luciana Gimenez obtém liminar contra Kajuru 

 
De acordo com as informações do Notícias da Tv, em decisão publicada na manhã desta segunda-feira (05/4), a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar com tutela provisória de urgência, que possibilita à parte pleitear a antecipação do pedido de mérito proibindo o senador Jorge Kajuru de “se manifestar, comentar ou divulgar” provocações e ataques a Luciana Gimenez



A apresentadora do Superpop entrou com a ação depois de ter sido chamada de “mulher de programa” pelo ex-apresentador esportivo.  
 
Segundo a publicação, que teve acesso aos autos do processo, caso o político descumpra a decisão judicial, ele terá que pagar uma multa diária de R$ 20 mil. O juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 1ª Vara Cível de São Paulo, afirmou que as acusações de Kajuru têm “um conteúdo e finalidade ofensivo, não podendo ser qualificados, em tese, como o regular exercício de um direito de livre expressão”.  
 
O político disparou insultos contra Gimenez através de uma live com Antônia Fontenelle no dia (25/3). Kajuru sem papas na língua disse que a apresentadora é uma mulher que não merecia o seu respeito. E continuou a detonar a apresentadora da RedeTV! “É uma mulher desqualificada, tanto virou o que virou por 30 segundos com o Mick Jagger. Ou você acha que foi por amor?”, provocou o senador.
 
Kajuru fez menção ao relacionamento do passado de Luciana. No fim dos anos 90, a apresentadora teve um breve affair com um dos maiores astros do rock de todos os tempos, Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones. Sob os holofotes, nasceu o primeiro filho de Gimenez, Lucas Jagger, atualmente o jovem tem 21 anos.   
 
O ex-marido Marcelo de Carvalho sócio e vice-presidente da emissora de Osasco fez uma postagem em sua rede social em apoio a apresentadora. O ex-casal ficou juntos por 12 anos e dessa união teve um filho, Lorenzo Gabriel, com 10 anos. 
 
A Justiça da capital entendeu que as declarações do político tinham como objetivo “violar, além de qualquer justa medida razoável, a privacidade, a hora e a imagem da autora, inclusive quando se trata de menoscabar a sua inteligência. O escárnio do réu surge, em tese, explícito quando afirmar não recear que a autora o processe novamente por tais ofensas, dado que já fora processado e condenado por fatos semelhantes”.  
 
A desavença entre os dois já é antiga. O jornalista é conhecido por suas declarações polêmicas. Em 2004, Kajuru sugeriu que a apresentadora era burra, durante uma participação no extinto programa Boa Noite Brasil, da Band. O senador disse que “Xuxa era menos burra que Luciana Gimenez”. No ano de 2013, ao saber que foi derrotado na ação, ele atacou novamente e chamou Luciana de “vagaba profissa” e “idiota”, em sua rede social.  
 
O político foi condenado por danos morais. No entanto, os oficiais de Justiça nunca o encontraram, segundo as informações do jornal O Dia. A dívida estaria em R$ 100 mil.  
 
Após ser notificado, o senador fica impedido de “se manifestar, comentar ou divulgar, por qual meio de comunicação, por fala ou escrita, nomeadamente pelas redes sociais, informações, alegações ou expressões que digam respeito à vida pessoal e profissional da autora, nomeadamente quanto àqueles aspectos que formaram o conteúdo da entrevista referida na peça inicial”. 


 
Gimenez, se pronunciou através de uma carta aberta, publicando um texto em apoio a todas as mulheres no site Universa, do UOL. Em um trecho, ela diz: “Peço a cada uma que está lendo isso que, mesmo que não sendo fácil, exponha homens machistas, misóginos e abusadores, porque eles só têm coragem de serem assim quando não são vistos, quando se sentem protegidos, alguns até por foro privilegiado”. 
 
Entretanto, ainda que Kajuru (Cidadania-GO) por ser senador da república tenha foro privilegiado, o juiz Valentino Aparecido afirmou que a imunidade parlamentar não se aplica neste caso: “As alegações e comentários que o réu fizera na entrevista não guardam nenhuma relação com o exercício do mandato parlamentar”. 
 
A sentença sobe a proibição é liminar e impede temporariamente que o político se manifeste sobre a apresentadora, contudo é passível de recurso.