O edital do Prêmio de Apoio a Bandas de Música 2020, divulgado nessa quarta-feira pela Funarte (Fundação Nacional de Artes), proíbe a participação de bandas de rock. Apesar de prever a distribuição de instrumentos de sopro, o edital só restringe conjuntos de rock.
"Não poderão participar do processo seletivo bandas de música beneficiadas com recursos oriundos das emendas parlamentares e pelos órgãos estaduais de cultura nos anos de 2018 e 2019; tampouco "fanfarras" ou "bandas marciais" ligadas ou não a instituições do ensino regular público ou privado, "bandas de pífanos", "bandas de rock", "big-bands", bem como conjuntos musicais assemelhados, conjuntos musicais de instituições religiosas, bandas militares e bandas de instituições de segurança pública", diz o edital.
Antes de assumir o cargo de presidente da Funarte, o maetro Dante Mantovani, disse em um vídeo publicado no Youtube que o rock "leva ao aborto e satanismo".
"O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo", disse.
"O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo", disse.
Em outro ponto, afirmou que os soviéticos estavam infiltrados na CIA com finalidade de "destruir a moral burguesa da família americana". Época, segundo ele, em que surge Elvis Presley, com seu requebrado, morrendo de "overdose".
Este é Dante Mantovani, leitor de Olavo e novo presidente da FUNARTE. Este é o vídeo em que ele diz que "rock leva ao aborto e satanismo".
%u2014 Luciano Ayan (@lucianoayan) 2 de dezembro de 2019
Se os setores civilizados da direita não sentirem vergonha dessa nomeação então é difícil imaginar o que os envergonharia. pic.twitter.com/b4FKc6H783
Dante Mantovani foi nomeado presidente da Funarte em dezembro de 2019 pelo então secretário da Cultura, Roberto Alvim, exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro após citar o ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels em vídeo de divulgação de programa de apoio às artes.