A coletiva, idealizada por Lúcia Palhano, foi motivada por razão sem relação direta com o fazer artístico. Os professores/artistas – como Carlos Wolney, Isaura Pena, Sebastião Miguel, Sonia Laboriau e Tibério França – foram desligados de seus cargos devido à revogação da chamada Lei 100, que em 2007 efetivou quase 100 mil trabalhadores do estado. Como ela foi julgada inconstitucional, milhares de servidores estaduais foram desligados em dezembro passado.
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Diante do impasse, a cAsA decidiu convidar os professores para um trabalho conjunto. “A Lúcia me ligou e sugeriu uma exposição para mostrar a qualidade do trabalho dos professores”, acrescenta a curadora. A maior parte deles faz parte da terceira e quarta gerações de docentes da Guignard, que nasceu em 1944, pelas mãos de Alberto da Veiga Guignard. Em sua história, passaram Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Franz Weissmann e Maria Helena Andrés, entre vários outros.
Como a cAsA é dedicada ao papel, os trabalhos selecionados também são nesse suporte: fotografia, gravura, colagem, desenho, aquarela. Há artistas que terão apenas um trabalho apresentado e outros que terão uma pequena série. “A montagem foi feita por afinidade. Não me interessa colocar todas as fotos ou gravuras juntas. A ideia é não ter padrão. O que conta é que a leitura instigue o olhar”, acrescenta Cláudia.
POÉTICA DA RESISTÊNCIA
Abertura hoje, às 20h, para convidados, e amanhã para o público. cAsA – Obras sobre papel, Avenida Brasil, 75, Santa Efigênia, (31) 2534-0899. De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 14h. Até 14 de maio.