Baface3, Celo, DGS, Ed-Mun, Hely, Iron, Lax, Mone, VNS e Zack, Daniel Bogu, Rodrigo Kaos e Claudinei Ploc são alguns dos grafiteiros convidados para prestar uma homenagem ao poeta. “A ideia é chamar pessoas que fazem trabalhos sócio-culturais nas comunidades. Dar visibilidade aos multiplicadores”, explica Hely Costa, coordenador do projeto.
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Segundo Hely, o projeto começou ainda em 2003 e tratava-se de um trabalho cultural com jovens da periferia. O objetivo era associar a história da arte brasileira com o grafite. “O grafite é uma cultura americanizada. Peguei a história da arte brasileira, comecei pelo modernismo no país. Fizemos releituras de Tarsila do Amaral e nos inspiramos em Oswald de Andrade”, lembra.
Com a experiência, o agente cultural percebeu que poderia fazer a junção do grafite com a literatura. O escritor Murilo Rubião acabou ganhando uma homenagem também.
“A comunidade sempre recebeu a gente de braços abertos. Tem até morador que fica chateado se não pendurar o quadro na fachada da casa dele. Eles se sentem valorizados”, destaca Hely.
O coordenador vê o encerramento do "tour artístico" no museu como uma ação democrática. "Quem não viu dentro das vilas, pode ver agora. A única diferença é que nos becos as paredes compõem a obra", diz.
SERVIÇO
'Arte favela'
Até sexta-feira, 19, no Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201, Centro). Terças, quartas e sextas-feiras das 10h às 18h30. Na quinta-feira, a abertura é das 12h às 20h30. Entrada Franca. Informações: www.museuinimadepaula.org.br