Grafiteiros de BH criam mural por jovens mortos no Viaduto José de Alencar durante manifestações

Parceria entre Hyper e Gangue Azucrina rende tributo a Douglas e Luiz Felipe

14/12/2015 18:32

Dois anos e meio depois, o grafite revive a memória de dois jovens mortos no Viaduto José de Alencar, Região da Pampulha. A obra coletiva Não foi acidente, dos artistas Gangue Azucrina foi divulgada neste domingo, 13, com vídeo que mostra o processo de desenvolvimento do trabalho no vão do viaduto.

Vimeo/Reprodução
'Não foi acidente' aponta impunidade nos casos de morte em estruturas urbanas de BH (foto: Vimeo/Reprodução)
O mural integra o projeto Telas Urbanas, que reserva espaços da capital à criação de autores locais. A intenção é destacar que as mortes seguem impunes. "Morreram não por acidente, em decorrência da queda do viaduto, assim como o viaduto que caiu matando mais dois também não foi acidente", ressalta a Gangue, via Facebook.

 


Douglas Henrique de Oliveira, de 21 anos, e Luiz Felipe Aniceto Almeida, de 22, caíram do viaduto sobre a Avenida Antônio Carlos, durante confronto entre a Polícia Militar e manifestantes que denunciavam problemas sociais decorrentes da instalação da Copa das Confederações em Belo Horizonte.

 

A outra queda citada pelos artistas é de um viaduto em obras na Avenida Pedro 1º, em Venda Nova, em julho do ano passado. Morreram Hanna Cristina dos Santos, de 26 anos, e Charlys Frederico Moreira do Nascimento, 25.

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