
No mesmo caminho da simplicidade chique, outra figura internacional que adorava seu estilo foi Jacqueline Kennedy. Givenchy nasceu em Beauvais e fazia parte da nobreza do Norte da França, responsável pela criação de uma marca importante na história da moda francesa: o tecido beauvaisiano. Ele começou sua carreira com outro nome famoso, Jacques Fath. A sequência não poderia ser mais emblemática: recebeu de Elsa Schiaparelli a direção de sua butique na Place Vêndome, onde ficou durante quatro anos.
O francês começou a chamar a atenção do mundo porque seu estilo requintado, mas fácil de usar, era um contraponto aos excessos da época. Com seu estilo limpo, Givenchy conquistou clientela internacional. Sucesso especial foram os conjuntos de saias e blusas, não tão comuns na época. O destino da casa de costura se firmou quando Givenchy se encontrou com outro ícone da época, Cristobal Balenciaga. Ambos faziam desfiles a portas fechadas para a imprensa, convidando apenas compradores, para que seus lançamentos não se tornassem públicos ou fossem copiados. Isso os tornou figuras pouco simpáticas aos jornalistas. Mas a novidade daquele estilo, completamente diferente de tudo que se fazia na ocasião, tornou-o ícone também da imprensa de moda.
Givenchy ficou famoso por não buscar efeitos inúteis para suas criações. Sabia usar como ninguém da colocação de botões aos bolsos. Sua modelagem começava pelos ombros, que faziam com que os modelos fossem confortáveis – mesmo quando totalmente livres de truques de estilo. Os modelos mais simples, como um tailleur, marcavam seu estilo alinhado, com proporções perfeitas. E a moda internacional deve a ele – assim como todas as mulheres do mundo – o famoso pretinho básico, quebra-galho em qualquer ocasião, que Audrey usou no filme Bonequinha de luxo.