Segunda edição da Comic Con Experience mostra poder da força geek no Brasil

O sucesso da feira já garantiu uma terceira sequência, que será de 1º a 4 de dezembro de 2016, com um o espaço ainda maior

por Adriana Izel 08/12/2015 12:09
Daniel Deak / Divulgação
(foto: Daniel Deak / Divulgação)

Assim que o público passava pelo caminho de entrada da Comic Con Experience se deparava com um outdoor que dizia que o Brasil, o país do futebol, agora pode ser chamado hoje de “país geek”. Pretensioso? Talvez. Mas a segunda edição do evento mostrou que o público brasileiro está cada vez mais aberto e propenso a consumir esse universo, que é formado hoje por produções relacionadas a ficção científica, fantasia, super-heróis e quadrinhos, sejam elas em formato de livros, HQs, séries ou filmes.

Durante quatro dias, mais de 100 mil pessoas passaram pela Expo São Paulo, na Rodovia Imigrantes, para participar de painéis divididos em três auditórios, fazer cosplay (o ato de se fantasiar de um personagem) e aproveitar os estandes repletos de interatividades e produtos colecionáveis desse universo. O sucesso da feira já garantiu uma terceira sequência, que será de 1º a 4 de dezembro de 2016, com um o espaço ainda maior.

A edição de 2015 pode se resumir em alguns temas que tomaram conta da feira, como Star wars e a presença dos atores Misha Collins (Supernatural) e David Tennant (Jessica Jones e Doctor who), mas, claro, teve muito mais. Com a proximidade do lançamento da franquia eternizada por George Lucas, não faltaram cosplayers de jedis, Darth Vader e stormtroopers pelos corredores; além disso, grande parte dos estandes dedicou produtos à saga, assim como a própria feira, que trouxe o produtor Bryan Burk, de O despertar da força, para falar sobre o novo filme, que estreia em 17 de dezembro.

Envolvido ao lado do diretor J.J. Abrams, ele revelou algumas informações, como a garantia de que a “força” voltará com tudo nessa nova trilogia. “Quando filmei, pensei em como criar uma experiência para o público de hoje. Será um filme diferente do que as pessoas estão acostumadas”, afirmou o produtor sem querer revelar muito, já que o mistério faz parte da estratégia. “Sempre que começamos um trabalho, fazemos mistério. Com Star wars não será diferente. Serão muitas surpresas para o público”, disse.

Fanatismo em alta

Se no ano passado, a dedicação dos fãs para chegar cedo à fila dos painéis surpreendeu, neste ano esse efeito foi ainda maior. Com a presença de atores com uma base de admiradores muito grande, a feira se tornou uma oportunidade dos espectadores poderem ter uma experiência próxima de seus ídolos.

Isso fez com que a partir das 5h as filas para painéis de Misha Collins e David Tennant já existissem na parte de fora da convenção. A produção da CCXP até tentou se preparar para isso, colocando o ator de Supernatural para fazer dois painéis, além dos autógrafos e meet and greet (quando o artista encontra os fãs para uma interação e fotografia), mas o que se viu no primeiro painel da estrela foram fãs desesperadas por uma selfie, um abraço ou ao menos entregar seus presentes. Diferentemente do que acontece com muitos artistas, Collins demonstrou muita simpatia e tentou atender ao máximo todos os fãs.

Se a condução em relação à presença de Misha Collins agradou boa parte das fãs, o mesmo não pode se dizer da participação de David Tennant no painel da Netflix. A culpa não foi do artista, que se mostrou muito feliz de estar no Brasil e divulgando seu já amado personagem Kilgrave (de Jessica Jones); no entanto, devido a uma exaltação do público, o bate-papo foi cortado em menos de 15 minutos. “Eu não tinha ideia que tinha tantos fãs no Brasil. Não tenho rede social. No aeroporto, tinha várias pessoas. Eu me senti muito amado”, contou o ator. Sem dúvidas, para uma futura edição, a produção deve pensar em como conduzir melhor a questão da presença de artistas tão aguardados e, quem sabe, aumentar a capacidade dos auditórios, o maior foi feito para 2.350 pessoas.

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