Artes visuais são o melhor da programação com entrada franca em BH

Confira o que há de melhor no roteiro de exposições da capital mineira para o fim de semana

por Walter Sebastião 31/07/2015 00:13

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Edouard Fraipont/Divulgação
Mostra panorâmica de Leonilson é atração imperdível no CCBB (foto: Edouard Fraipont/Divulgação)
Em caso de dúvida quanto ao que fazer com pouco dinheiro no bolso, procure as exposições de artes visuais. Em BH, a programação está ótima, com mostras surpreendentes e entrada franca. Além disso, os espaços são muito bonitos e bem localizados. Exposição é sempre uma oportunidade de conhecer o que vem sendo criado no Brasil e no mundo. Em BH, a onda (boa) do momento é a mescla de realidade, ficção, perguntas e contação de histórias que inspiram as mostras em cartaz.

 

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CCBB
A exposição mais importante na cidade – imperdível mesmo – é 'Leonilson: truth, fiction'. As 150 obras (desenhos, pinturas, bordados e uma instalação) apresentam um panorama completo da poética do autor. Com desenho simples, direto e sintético, mas muito saboroso, o artista coloca sobre papel e tecido os grandes temas humanos: dor, solidão, consciência da finitude, amor e a busca de transcendência.

 

E o faz com afeto e ironia, sem desespero, de forma leve, tecendo pequenas considerações literárias que ecoam temas filosóficos. Particularmente tocante é a instalação Sobre duas figuras, montada numa capela. O livro-catálogo traz uma entrevista inédita com o artista realizada por Adriano Pedrosa, curador da mostra.

LEONILSON: TRUTH, FICTION
Pintura, desenho, instalação e bordado. CCBB, Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h. Até 28 de setembro.

 

Paulo Lacerda/Divulgação
'Walls', de Walid Raad, está entre obras selecionadas da Bienal de São Paulo no Palácio das Artes (foto: Paulo Lacerda/Divulgação)
PALÁCIO DAS ARTES
Com obras exibidas na 31ª Bienal de São Paulo, a mostra, já em seu título – 'Como (...) as coisas que não existem' –, convida a encontrar formas de dar forma a temas que parecem condenados à invisibilidade. Eles poderiam ser, por exemplo, falar, sonhar, pensar ou criar. Aliás, os parenteses do título sugerem que cada um de nós complete a frase com o verbo que quiser. A face mais evidente dos trabalhos são as questões sociais e políticas. Mas sob elas (ou nelas) estão temas ligados ao afeto, ao psíquico, à linguagem visual, à memória e às estéticas. Isso com diversas dicções: cômicas, dramáticas, documentais, líricas ou de contestação. Uma dica: vale a pena ler os textos do catálogo.

31ª BIENAL DE SÃO PAULO – OBRAS SELECIONADAS
Várias linguagens. Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 16h às 21h. Até 9 de agosto.

 

Museu de Arte da Pampulha/Divulgação
Desenho de Mario Zavagli em 'Sobre o que desenha?', no Museu de Arte da Pampulha (foto: Museu de Arte da Pampulha/Divulgação)
MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA
O nome é sugestivo: 'Sobre o que se desenha?'. A pergunta é respondida por obras do acervo do Museu de Arte da Pampulha (MAP) e artistas convidados – ou seja, quase uma centena de trabalhos de autores de diversas gerações. O que se vê é o desenho posto a serviço de visões de mundo as mais distintas. A exposição clara e bem-organizada aborda uma ideia simples, que apresenta a infinita diversidade de manifestações do desenho, um fundamento das artes em geral. A curadoria é assinada por Augusto Fonseca. Foi acertada a decisão da curadoria de não se ater ao desenho convencional, mas trazer para a “conversa” outras linguagens (escultura, foto, instalações) que dialogam com ele.

SOBRE O QUE SE DESENHA
Coletiva. Museu de Arte da Pampulha, Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha, (31) 3277-7946. De terça-feira a domingo, das 9h às 18h30. Até 16 de agosto.

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